A indústria de criptomoedas está “repleta de fraudes, vendedores ambulantes e vigaristas”, apontou um dos principais órgãos reguladores financeiros dos Estados Unidos à BBC.
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, apontou que “o público investidor em todo o mundo perdeu muito dinheiro” porque as empresas de criptografia não seguem as leis que sua agência tenta fazer cumprir.
A fala acontece no momento eem que a indústria gasta milhões de dólares em doações para políticos, tentando influenciar o resultado das eleições de novembro, na esperança de futuras leis mais favoráveis.
Além da batalha presidencial entre Donald Trump e Kamala Harris, todos os 435 distritos da Câmara dos Representantes estão concorrendo à reeleição, bem como 33 dos 100 assentos no Senado.
O futuro da criptomoeda, uma das tecnologias mais debatidas do mundo, é uma questão em que parece haver uma linha divisória clara entre Donald Trump e a administração de Joe Biden.
Trump tem cortejado os votos dos entusiastas da criptografia ao prometer tornar a América “a capital criptográfica do planeta” e criar um “estoque nacional estratégico de bitcoin” semelhante às reservas de ouro do governo dos EUA.
Na semana passada, ele lançou um novo negócio de criptografia chamado World Liberty Financial e, embora tenha fornecido poucos detalhes, afirmou que “a criptografia é uma daquelas coisas que temos que fazer”.
É uma grande reviravolta em relação a três anos atrás, quando ele descartou o Bitcoin como algo que “parece uma farsa” e uma ameaça ao dólar americano.
O novo entusiasmo de Trump contrasta fortemente com a administração Biden, da qual Kamala Harris é a vice-presidente. A Casa Branca liderou uma repressão abrangente às empresas de criptografia nos últimos anos.