No dia três de novembro de 2021, após diversos desentendimentos comerciais entre dois grupos de pessoas moradoras da região de Maravilha, três pessoas fizeram uma emboscada ao veículo de um casal. Na ocasião, um dos criminosos efetuou dois disparos com um revólver contra o veículo, atingindo o carro embaixo de uma das portas e no para-choque dianteiro. Nenhuma das vítimas foi ferida na ação e ambos conseguiram escapar do local em alta velocidade.
Esse é o início de uma história elucidada pela Divisão de Investigação Criminal daquele munícipio. Através de estudos e buscas desde o final do ano passado, foi possível apurar vários fatos ocorridos na cidade na época, dentre possíveis delitos de estelionato até o que se acreditou, no início, ter sido uma dupla tentativa de homicídio.
O trabalho investigado conseguiu comprovar que os três indivíduos planejaram o crime e agiram para tentar coagir as vítimas a entregar-lhes dinheiro referente a um negócio mal sucedido. Isso casou constrangimento das vítimas, o que caracterizou-se como crime de extorsão mesmo não tendo sido entregue nenhum valor aos autores no final.
Não satisfeitos, dois dos investigados planejaram roubar dinheiro e cártulas de cheque de uma terceira vítima, o que se efetivou no dia 21 de dezembro de 2021, em um panificadora no centro de Maravilha. Na ocasião, um dos autores permaneceu de vigia nas proximidades do local, enquanto o outro se encontrou com a mulher vítima no interior do estabelecimento comercial, sob o pretexto de selar um acordo. Após breve conversa, o criminoso pegou a carteira pessoal da mulher e saiu correndo do local, sendo alcançado por ela, momento em que a agrediu e fugiu do local.
Ao longo das investigações, uma das folhas de cheque subtraídas foi encontrada em posse do autor do roubo, que estava escondendo a cártula em uma espécie de bicho de pelúcia, no interior de sua residência.
Dois dos três investigados, todos homens na faixa entre 30 e 40 anos e nascidos na região oeste, permaneceram presos temporariamente durante as investigações. As prisões temporárias foram decretadas inicialmente pelo prazo de 30 dias e prorrogadas por mais 30 dias, antes de serem convertidas em monitoramento com tornozeleira eletrônica.
O terceiro envolvido foi identificado ao longo do inquérito policial, que acabou com a comprovação de que foi ele o responsável por efetuar os disparos com um revólver calibre .32 no mês de novembro. Além do crime de extorsão, este cidadão acabou também indiciado pelos crimes de posse e porte irregular de arma de fogo.