A Associação Chapecoense de Futebol emitiu nota de repúdio a respeito das falas de Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presidência da República e candidato a deputado federal pelo PMD-SP, que associou o acidente aéreo envolvendo a delegação do clube de Chapecó (SC), em 2016 na Colômbia, com o narcotráfico.
Weintraub afirmou em seu canal no YouTube que o voo 2933 da LaMia, que decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellín, levando a delegação da Chapecoense, jornalistas e convidados, caiu em razão do sobrepeso de duas toneladas de cocaína que estariam na aeronave. No entanto, a não apresentou provas. E, inclusive, as autoridades brasileiras desconhecem da informação.
O advogado afirmou no vídeo que a droga estava “sendo transportada sem que o piloto ou a equipe soubessem”. E que tomou conhecimento da informação quando era Secretário de Segurança da Organização dos Estados Americanos, em Washington.
“Isso chegou ao meu conhecimento por causa de um relatório de um policial. O piloto do avião, inclusive, era da Força Aérea Boliviana. Ele sabia pilotar, ele nunca ia deixar um avião cair por falta de combustível. Como ele não sabia das duas toneladas a mais, aconteceu a tragédia”, disse o advogado.
Veja nota oficial da Associação Chapecoense de Futebol:
NOTA DE REPÚDIO:
A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de manifestar o seu veemente repúdio em relação às declarações irresponsáveis, malfadadas e caluniosas do candidato a Deputado Federal, Arthur Weintraub, acerca da tragédia ocorrida em 2016 com o avião que transportava a delegação alviverde.
Mais do que repudiar as absurdas manifestações do referido candidato, o clube lamenta a insensatez do mesmo ao utilizar um fato tão sensível na tentativa de promover uma candidatura.
Por fim, a Chapecoense reforça que mentiras construídas sobre as irreparáveis perdas – bem como sobre a dor e o luto de milhares de famílias – são inaceitáveis e não passará despercebido ou impune o fato de estarem sendo utilizadas como trampolim político.
Fonte: Rede Princesa