A possibilidade do treinador Carlo Ancelotti assumir a seleção brasileira se encerrou quando o italiano renovou seu contrato com o Real Madrid até 2026. Durante alguns meses, deu-se a entender que ele havia firmado um acordo verbal com Ednaldo Rodrigues, presidente retirado da CBF, para se tornar o primeiro estrangeiro no comando da amarelinha. Porém, como o mesmo sempre deixou claro em público, o desejo era permanecer no clube espanhol, versão confirmada por ele em coletiva cedida hoje.
– Todo mundo sabe que tive contato com o presidente naquele período, que era o Ednaldo Rodrigues. Quero agradecê-lo porque me demonstrou carinho e interesse para que eu treinasse a seleção brasileira. Me deixou muito honrado, mas dependia da minha situação no Real Madrid. Que isso fique claro para todos. Aconteceu que o Ednaldo não é mais presidente da confederação. No fim das contas, as coisas foram como queria – declarou Ancelotti.
Multicampeão com os merengues, que lideram o campeonato espanhol nesta temporada, e avançaram às oitavas de final da Liga dos Campeões, o italiano reiterou que a prioridade sempre foi o Real. Contudo, ele não quis fechar as portas de realizar o “grande sonho” de assumir o Brasil futuramente.
– Adoro o Real Madrid e quero ficar aqui. Tive contatos com o Brasil, com certeza, mas estava tudo em espera porque estava esperando pelo Real. Estou feliz por ficar aqui – disse o treinador, que acrescentou: – Ser técnico da Seleção é um grande sonho, mas não sei se em 2026 o Brasil vai me querer. Não sei se estão contentes com a minha decisão – brincou.
Com 260 jogos em duas passagens à frente do Real (188 vitórias, 34 empates e 38 derrotas), o italiano de 64 anos soma dez títulos em Madri. Entre eles, duas Ligas dos Campeões, um Campeonato Espanhol e dois Mundiais de Clubes.
Sem nunca ter treinador uma seleção na carreira, porém, Ancelotti disse que o novo vínculo representa seu último trabalho na carreira de treinador. Mesmo assim, ainda disse que pode seguir em outras funções ou mesmo mudar de ideia daqui a três anos.
– É o meu último trabalho. Quando acabar não sei. Creio que 2026 pode ser algo parcial e eu siga aqui depois disso. Depende do sucesso que tivermos. Pode ser o último ano em que eu treine, mas posso seguir aqui – finalizou.
Imagem: Thomas Coex/AFP.
Fonte: EXTRA.