A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) negou por unanimidade recurso da defesa e manteve a sessão do Tribunal do Júri que vai decidir o caso de um homem réu pela morte do ex-companheiro a facadas em abril de 2020, em Curitibanos, na Serra. De acordo com a denúncia, o crime foi motivado após o acusado desconfiar que contraiu HIV da vítima após um relacionamento.
No recurso feito após decisão de 1º grau que ordenou o júri popular, a defesa pedia o afastamento das qualificadoras do homicídio: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa do ofendido.
“Caberá, assim, aos jurados checar a materialidade e a prova da autoria das infrações conexas para haver condenação”, anotou o relator do caso, o desembargador Paulo Roberto Sartorato. Com a negativa do pedido da defesa, o réu será submetido ao júri popular, ainda sem data marcada.
Crime
O réu também responde por tentativa de ocultação do cadáver. O inquérito apontou que Cleverson Duarte Rodrigues, à época com 35 anos, foi morto com cerca de 43 facadas, a maioria na face, pescoço e tórax.
Ainda segundo a denúncia do caso, o réu tentou ocultar o cadáver e limpar a cena do crime, descartando a faca em um terreno próximo.
“Também retirou o boné e a tornozeleira eletrônica da vítima e enrolou o cadáver em tapete para facilitar o transporte do corpo, que só não ocorreu em razão da chegada da polícia ao local”, detalhou o Judiciário.
Fonte: TJSC