Uma família de Araquari, no Norte de Santa Catarina, viveu momentos de terror após sofrer uma tentativa de assalto na própria casa durante a noite deste sábado (10). Após a arma do assaltante falhar, as vítimas renderam o homem, que acabou sendo agredido e preso pela polícia.
A noite de terror começou quando o suspeito pulou o muro da residência e invadiu a casa. No momento do assalto, o dono do imóvel, que trabalha com a venda de títulos de capitalização, entregava dinheiro a um motoboy.
As crianças, de 3, 6 e 11 anos, brincavam na área externa quando foram surpreendidas pelo homem. “Vimos as crianças entrando chorando. Aí ele entrou armado e o motoboy não sentiu porque estava com a mão na cabeça. Quando ele foi olhar pra trás recebeu umas quatro coronhadas. Aí, [o suspeito] mandou eu ir lá para a rua abrir o portão e ficar de joelhos ou ele matava toda a minha família”, conta o vendedor.
Após agredir o motoboy e ameaçar o vendedor, o suspeito pegou o dinheiro, celular, capacete e chave da moto. Carregado, o suspeito tentou fugir do local com o veículo do motoboy. Ao ouvir a chave na ignição, o motociclista correu para fora da casa e tentou impedir o assaltante, momento em que fez um disparo.
A arma, porém, falhou. Aproveitando a oportunidade, o motoboy começou a agredir o assaltante e eles entraram em luta corporal. O vendedor notou a briga e tentou ajudar o motociclista. Ambos conseguiram mobilizar o suspeito.
“Entraram em luta corporal, meu marido veio, já ajudou a tomar tudo e daí foi chamado a polícia. A menina de 11 anos que chamou a polícia”, conta a companheira da vítima e dona da casa.
O suspeito teve ferimentos por conta da agressão, foi algemado pela Polícia Militar e levado para a Central de Polícia, em Joinville. Ele estava foragido da Justiça. Já a vítima, teve o braço quebrado enquanto lutava para imobilizar o assaltante.
Em 17 anos, a família já foi furtada três vezes. Este, porém, foi o primeiro assalto. O dono do imóvel chegou a ter a arma apontada para a cabeça e foi rendido na frente da esposa e dos netos.
“Só queria que acabasse e as crianças gritavam. Queria pedir para as crianças pararem de chorar, ele mandava eu calar a boca”, comenta a mulher.
“Recomeçar e tentar superar esse trauma, né? Pedir a Deus para dar força”, finaliza o vendedor.
A empresa está auxiliando a polícia nas investigações e não vai se manifestar.
Fonte: ND+