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Homem é condenado a mais de 47 anos de prisão por sequestrar, estuprar e tentar matar a própria filha no Extremo-Oeste

Um homem que sequestrou e estuprou a própria filha, que na época dos crimes tinha 12 anos, foi condenado a 47 anos, três meses e 10 dias de prisão em regime fechado. A sentença foi feita pela Vara Única de Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste catarinense.

De acordo com a sentença, ele foi condenado por estupro de vulnerável (por pelo menos, sete vezes), sequestro e cárcere privado, além de supressão de documento. Todos os crimes foram cometidos contra a própria filha e depois de dois meses vivendo como “esposa” do pai, no Paraguai, a vítima conseguiu pedir ajuda.

Como os crimes ocorreram

Consta na denúncia que o homem, depois de deixar a prisão para saída temporária de sete dias, procurou a ex-companheira com a intenção de se aproximar da filha e passou a morar com elas, no interior de Dionísio Cerqueira.

Logo em seguida os abusos começaram sob ameaça contra a vida da mãe, caso a menina contasse sobre os crimes. Aos fins de semana, o acusado levava a filha para a casa dele, em Barracão (PR), onde cometia novos abusos.

Depois de quatros meses levando a menina para a escola, ele decidiu levar a filha para o Paraguai. Ainda em solo brasileiro, destruiu a identidade dela e a obrigou a se apresentar como “esposa”, com nome e idade falsos, para dificultar a localização.

Foram oito dias de viagem, sendo que em cinco deles apenas tomaram água, dormindo no carro. Chegando ao Paraguai, o réu conseguiu permissão para morar em uma casa em troca de manutenção da propriedade.

 

Enquanto o homem trabalhava na lavoura, a vítima se aproximou de mulheres que moravam perto e contou sua história para uma vizinha que encontrou a mãe por uma rede social. Mesmo assim, depois de dois meses vivendo no país estrangeiro, ela ainda sofria abusos.

Já preso e algemado, acusado e vítima foram levados na mesma viatura. No caminho, o homem ainda tentou asfixiar a filha com as algemas e só libertou a menina sob a mira da arma do policial. Os crimes aconteceram entre dezembro de 2021 e junho de 2022.

 

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