A operação “Escola Segura” cumpre, nesta manhã de quarta-feira (19), 8 ordens para internações provisórias e 8 mandados de busca e apreensão e afastamentos de sigilo de dados em face dos adolescentes.
No total, foram identificados dois adolescentes de 13 anos, dois de 15 anos, três de 16 anos e 1 de 17 anos. Desses, um mandado de busca e apreensão e internação ocorreu em Santa Catarina. Foram 85 policiais envolvidos na investigação.
“Há um único alvo em Santa Catarina, desses todos que estamos buscando em todo o Brasil. Esse de Santa Catarina foi identificado, ele é de Blumenau”, afirma o delegado-geral Ulisses Gabriel.
O objetivo da operação é dar cumprimento as ordens judiciais deferidas pela Vara da Infância e Juventude da Comarca de Blumenau referentes a mandados de internação provisória e busca e apreensão domiciliar contra adolescentes envolvidos em planejamentos de ataques a escolas brasileiras.
“Entre os crimes praticados são estímulos e ameaças ao crime, apologia ao crime e associação criminosa. Os adolescentes devem cumprir essas internações no prazo máximo de até três anos”, explica o delegado-geral.
A ação teve início a partir de investigação do Grupo de Atuação Especial no Combate a Crimes Cibernéticos, o CyberGAECO, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que identificou um grupo de adolescentes, em plataforma virtual, que planejava a realização de possíveis ataques a instituições escolares em cinco estados. As investigações iniciaram logo após a tragédia ocorrida na Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no dia 5 de abril de 2023.
“É importante ter a consciência de que rede social não é fonte de informação, mas sim os órgãos de imprensa. Por isso que, quando receber uma informação assim, é importante checar e não compartilhar, pois causa temor, como ocorre agora”, alerta o delegado Daniel Regis
Estão participando da operação além do próprio CyberGAECO do MPSC e Ministério da Justiça e Segurança Pública, as Policias Civis dos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Paraná. Em Santa Catarina, a operação é coordenada também pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC) juntamente ao CyberGAECO.
Fonte: SCC10