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Copom eleva taxa Selic para 11,25% ao ano em reunião unânime

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (06), aumentar a taxa Selic de 10,75% para 11,25% ao ano, marcando a maior alta desde maio de 2022. A decisão foi unânime entre os membros do comitê, refletindo a necessidade de adotar medidas mais rigorosas para combater a inflação no país.

O aumento de 0,5 ponto percentual ocorre em um cenário de desafios externos, principalmente pela incerteza econômica nos Estados Unidos, o que gera preocupações sobre os ritmos da desaceleração da economia global e suas implicações para a inflação. O Copom também ressaltou a importância de observar como os desenvolvimentos na política fiscal brasileira podem impactar a economia e os ativos financeiros. A nota publicada após a reunião indicou que a postura fiscal do governo, ainda sem medidas definidas de corte de despesas, tem gerado impactos significativos nas expectativas de inflação.

A Selic havia sido reduzida progressivamente desde julho de 2023, quando estava em 13,75%, até atingir 10,5% ao ano em junho deste ano, quando o Copom optou pela estabilidade. Entretanto, em setembro, a taxa foi novamente elevada, e o aumento desta quarta-feira é o segundo consecutivo, sugerindo que o Banco Central pretende continuar com a política de juros mais altos em um esforço para manter a inflação sob controle.

A decisão também reflete uma avaliação do cenário fiscal, que segue como uma variável importante na condução da política monetária. O Copom destacou que uma política fiscal sólida e comprometida com a sustentabilidade da dívida pública ajudaria a reduzir o prêmio de risco dos ativos financeiros, impactando diretamente as expectativas inflacionárias e, consequentemente, a política de juros.

Em relação à expectativa do mercado, a maioria dos analistas já previa o aumento de 0,5 ponto percentual e projeta que a taxa Selic pode chegar a 11,75% ao ano até o final de 2024. A pesquisa Focus, do Banco Central, aponta que a expectativa para o fechamento do ano é de que o juro básico atinja esse patamar. A taxa de câmbio também tem sido uma variável importante, com o dólar valorizando-se 16,93% desde o início do ano, o que pressiona os preços domésticos.

O Copom também deixou claro que o ritmo e a intensidade dos próximos ajustes dependerão da evolução da inflação e das condições econômicas no Brasil. O colegiado afirmou que seguirá monitorando o comportamento da inflação e as projeções econômicas, com a próxima reunião agendada para os dias 10 e 11 de dezembro de 2024.

Essa decisão ocorre após a aprovação do economista Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central, o que também tem influenciado as expectativas para o futuro da política monetária. Galípolo assume a presidência em 2025, após ser aprovado pelo Senado em outubro deste ano.

Em resumo, a elevação da taxa de juros pelo Copom reforça a vigilância do Banco Central em relação à inflação e ao cenário fiscal, enquanto o mercado permanece atento às próximas decisões e seus impactos na economia brasileira.

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