No encontro, que durou cerca de uma hora e aconteceu na residência do Representante Permanente do Brasil na ONU, onde Lula está hospedado, estavam presentes também o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o chanceler Mauro Vieira, o embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese, o assessor-chefe da Assessoria do Presidente da República Celso Amorim e o assessor adjunto da Presidência Audo Faleiro.
A reunião começou às 11h da manhã no horário local (12h de Brasília), e não havia sido incluída na agenda do presidente distribuída à imprensa.
Questionados pela BBC News Brasil, ao menos três assessores da Presidência disseram ter sido instruídos a não divulgar a reunião, confirmada depois pela Fazenda.
O teor do que foi discutido no encontro, pedido pelo presidente global da Shell, tampouco foi informado.
A BBC News Brasil tentou contato com a Shell para esclarecimentos. A reportagem será atualizada assim que a companhia se manifestar.
“É a pergunta de um milhão de dólares”, comentou um assessor do Planalto.
O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto, porém, já comentou publicamente sobre o interesse da empresa na exploração da margem equatorial, uma região de costa marítima entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, considerada uma das últimas fronteiras petrolíferas não exploradas no país.
Na área, há cinco bacias sedimentares: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
A Shell tem blocos exploratórios nas bacias sedimentares Potiguar e Barreirinhas.