Em uma entrevista recente à revista “People”, a cantora canadense Nelly Furtado revelou detalhes chocantes sobre sua experiência com a indústria musical nos anos 2000. A artista, conhecida por hits como “I’m Like a Bird” e “Promiscuous”, denunciou que revistas e editoras frequentemente alteravam suas fotos, clareando sua pele e alterando a forma de seu corpo, na época.
“Eu tenho pele oliva, e eles meio que clareavam muito minha pele nas fotos e meio que abaixavam meus quadris o tempo todo – eles sempre cortavam nos editoriais”, revelou Furtado.
A artista, filha de imigrantes portugueses, cresceu no Canadá e viu sua imagem ser distorcida pelas lentes da mídia, que buscava um padrão de beleza eurocêntrico.
A prática de alterar digitalmente as imagens, comum na época, era especialmente evidente em fotos de capa de revistas e editoriais de moda. Furtado lembrou da “muita aerografia” utilizada para suavizar a pele e afinar a silhueta das modelos, incluindo ela mesma.
A cantora, no entanto, não se calou diante dessas manipulações. Em sua música “Powerless”, lançada em 2003, Furtado expressou sua insatisfação com a forma como era representada: “Pinte meu rosto em suas revistas / Faça com que pareça mais branco do que parece / Pinte-me com seus sonhos / Enxugue minha etnia”, cantou.
Apesar das experiências negativas, Nelly ressaltou a importância de ter uma equipe forte e solidária ao seu redor durante esse período:
“Sempre tive uma equipe tão boa ao meu redor, que era família”, afirmou a cantora, sobre sua rede de apoio.
Após uma pausa de sete anos dedicada à criação de seus filhos, Nelly Furtado lançou seu sétimo álbum de estúdio, “7”. A cantora revelou que durante esse período, ela buscou uma vida mais equilibrada e se conectou com sua essência, afastando-se da frenética rotina da indústria musical.
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