No âmbito do processo da Atualização da Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado de Santa Catarina, o Instituto do Meio Ambiente informa que já está realizando as primeiras oficinas de avaliação de risco de extinção das espécies da fauna do estado. Estes eventos fazem parte do plano de trabalho e tem como objetivo avaliar o status de conservação desses importantes organismos, utilizando os critérios e categorias da União Internacional para Conservação da Natural (IUCN).
As oficinas
Sob a coordenação de Harry Boos, pesquisador do CEPSUL – ICMBio, uma das oficinas avaliou o grupo de crustáceos e contou com a valiosa participação de especialistas de diversas instituições, incluindo UNESP, UFSM, UFMG, USP, UEL, UFG e Universidade Regional do Cariri.
Para avaliar o status de conservação das espécies das abelhas, grupo fundamental para manutenção dos serviços ecossistêmicos, a avaliação contou com a coordenação de Rodrigo Barbosa Gonçalves, pesquisador da Universidade Federal do Paraná, além da participação de especialistas colaboradores.
Já a avaliação de risco do grupo Diplopoda foi coordenada pelos pesquisadores do Instituto Butantan, Luiz Iniesta e Rodrigo Bouzan, com a participação de pesquisadoras do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA e do Instituto Butantan.
“Estas foram apenas as primeiras de uma série de oficinas que realizaremos ao longo do processo de atualização, sendo uma etapa onde a colaboração dos especialistas é de fundamental importância, pois reúne todo conhecimento gerado sobre as espécies, fruto de anos de pesquisa e dedicação”, completou a bióloga do IMA, Luthiana Carbonell.
Contexto da Atualização
A atualização da Lista de Fauna Ameaçada de Extinção é essencial para garantir que as estratégias de conservação sejam baseadas em dados atualizados e relevantes. A lista, que foi inicialmente estabelecida pela Resolução Consema 002/2011, inclui uma série de espécies cuja sobrevivência está ameaçada devido a vários fatores, como destruição de habitat, poluição e mudanças climáticas.
O trabalho de atualização é coordenado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), e executado pela Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais, organização da sociedade civil selecionada em edital público por meio do Projeto Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – (GEF Pró-Espécies), do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA). O IMA é uma das instituições executoras do Projeto Pró-espécies, o qual objetiva minimizar os impactos sobre as espécies ameaçadas de extinção no Brasil. A atualização da lista foi incluída como uma das ações prioritárias do Plano de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Planalto Sul – PAT Planalto Sul.
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