O prefeito reeleito de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, José Claudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), foi afastado do cargo nesta terça-feira (15) após uma operação da Polícia Civil que apura irregularidades em diversos contratos do município.
A ação é coordenada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) e prendeu preventivamente um empresário da região, suspeito de participar do esquema. O nome dele não foi revelado.
Além do prefeito, outras três pessoas também foram afastadas dos cargos na administração pública. A polícia também cumpriu 20 mandados de busca e apreensão.
Junto com os afastamentos e da prisão, a Justiça catarinense autorizou o sequestro de bens e valores de R$ 1,7 milhão para reparar os danos causados ao município, de cerca de 31 mil habitantes.
A ação desta terça é um desdobramento da primeira fase da Operação Maktub, deflagrada em fevereiro de 2024. Em julho, na mesma investigação, o prefeito de Praia Grande, também no Sul, foi afastado do cargo e retornou à prefeitura em setembro.
O g1 procurou o município e a defesa do prefeito, mas não houve pronunciamento até a última atualização desta reportagem.
Fraudes em Forquilhinha
Em nota, a Polícia Civil afirmou que há suspeita de fraudes em diversas licitações nos últimos anos na cidade. A operação é coordenada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Decor).
Veja as principais suspeitas:
-Suspeita de fraude à licitação na concorrência pública destinada à construção do ginásio anexo à Escola do Bairro Santa Líbera;
-Indícios de fraude à licitação na concorrência pública destinada à construção do ginásio anexo à Escola do Bairro Santa Líbera e suspeita de fraude na carta convite destinada à contratação de uma empresa para a execução de aterro do mesmo ginásio;
-Suspeita de que a administração municipal fraudou documentos para pagar parte de uma obra destinada à construção de um memorial;
-Suspeita de irregularidades na execução dos contratos de duas tomadas de preços, celebradas entre o município de Forquilhinha e uma empresa da cidade, criada em 2021 para prestar serviços de jardinagem.
Conforme a investigação da Decor, destacam-se “vínculos pessoais entre sócios da empresa investigada e figuras proeminentes da prefeitura”, inclusive de valores recebidos pela empresa nas eleições para presidente de uma cooperativa na região.
G1