O desaparecimento de um ex-candidato a vereador ainda é um mistério para a família e polícia. José Constantino Cabral Neto, de 28 anos, o Zé Ceará, está desaparecido desde a noite de sexta-feira (1°), em Rio do Sul. Ele concorreu nas eleições 2024 pelo PT (Partido dos Trabalhadores).
O último contato com a família ocorreu por volta das 20h55 de sexta-feira (1°), durante uma ligação para a companheira, Damiana Elói Pereira. Momentos antes, José pediu desesperadamente pela sua ajuda.
“Ele tinha recebido a rescisão do trabalho, era açougueiro. Ele quitou as dívidas e comprou um carro. No dia 1º de novembro, ele tava bebendo na loja onde ele comprou o carro o dia inteiro, alegre. Só que à noite, ele me fez três ligações”, contou.
Homem desaparecido pediu ajuda
De acordo com Damiana, as duas primeiras ligações eram pedidos para que ela voltasse para casa. A companheira atendeu o pedido e estava a caminho de casa quando recebeu a terceira ligação.
“Ele falou que tava no mercado e ia comprar cerveja. Às 20h55, ele me ligou, um minuto, me pedindo pra vir logo pra casa, pedindo ajuda que ele estava sendo abordado por homens. Quando eu perguntei o que ele estava falando, o celular desligou e eu não consegui mais contato”.
Damiana, que estava no trabalho quando recebeu as chamadas, chegou em casa por volta das 22h e encontrou apenas uma lata de cerveja no muro e outra na caixa de energia da residência. Ela foi até um bar próximo, mas ninguém tinha nenhum detalhe sobre o paradeiro de José Constantino.
“A gente procurou o final de semana inteiro, não conseguimos nenhuma notícia, nada”, disse. Na segunda-feira (4), Damiana procurou a Polícia Civil e a família fez um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. A carteira com os documentos de José foi encontrada no mesmo dia, jogada em um terreno vizinho. “Não tivemos mais nenhuma notícia. Estamos em busca de notícias, estamos pedindo ajuda para quem viu”.
O delegado de Polícia Civil responsável pela investigação, Bruno Reis, disse que suspeita de que tenha ocorrido um crime, mas que não possui indícios concretos ainda. “Não vamos repassar mais informações para não atrapalhar o andamento”, citou o delegado.
ND+