Grupo teria entrado com ações judiciais para acelerar a liberação de cirurgias superfaturas pelos planos de saúde e pedido reembolso por procedimentos que não existiram
Um grupo de médicos, empresários e advogados suspeitos de desviarem R$ 50 milhões de planos de saúde no Rio de Janeiro é alvo da Polícia Civil do estado, que cumpriu mandados de busca a apreensão nesta segunda-feira (25). A investigação aponta que os suspeitos teriam superfaturado cirurgias e falsificado procedimentos.
Ao todo, são 11 pessoas investigadas e 15 endereços alvos do mandado de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos, computadores e celulares.
A investigação aponta que o grupo entrava com ações judiciais para acelerar a liberação de cirurgias superfaturadas — uma chegou a custar R$ 700 mil — e que solicitava judicialmente reembolsos por serviços inexistentes, alguns até em nome de médicos que já faleceram.
Um dos investigados é o empresário Leandro Gonzaga da Cunha, responsável por fornecer equipamentos médicos para cirurgias de coluna e que teria forjado a entrega dos materiais cirúrgicos.
“A gente não tem como afirmar se todos os 11 investigados são suspeitos ou vítimas, mas a gente pode dizer que tem nomes que serão trazidos à delegacia pra dar essa explicação”, disse o delegado Wellington Vieira.
Os pacientes que teriam sido operados nas cirurgias superfaturadas e procedimentos falsos também serão ouvidos. As informações são do R7, que buscou a defesa do empresário Leandro Gonzaga da Cunha, mas não localizou até a publicação desta matéria.
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