Os acionistas bilionários da Americanas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira se manifestaram neste domingo (22) pela primeira vez desde a revelação das inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões no balanço patrimonial da empresa. O rombo deu origem à quarta maior recuperação judicial da história do Brasil.
Em nota, os bilionários afirmam que jamais tiveram conhecimento e nunca admitiriam “manobras ou dissimulações contábeis” na companhia. “Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal”, destacam os acionistas majoritários da Americanas.
Os executivos ressaltam o papel centenário do gigante varejista e recordam que a companhia foi administrada, nos últimos 20 anos, por “executivos considerados qualificados e de reputação ilibada”.
A nota ressalta ainda que os balanços da Americanas eram auditados pela PwC, classificada pelos executivos como “uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo”, que fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa.
“Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade. […] Assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto”, reforçam Lemann, Telles e Sicupira.
Eles ainda dizem “lamentar profundamente” as perdas sofridas pelos investidores e credores e garantem que vão trabalhar pela recuperação da Americanas com a maior brevidade possível, para garantir um futuro promissor para a empresa, seus empregados, parceiros e investidores.
Fonte: R7