Oito cidades de Santa Catarina estão em uma seleta lista das 100 populações mais ricas do Brasil, mostra a mais nova e recém-divulgada edição do estudo Mapa da Riqueza, desenvolvido pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social).
A pesquisa leva em conta a renda média mensal dos moradores a partir de dados da declaração do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por esses critérios, Florianópolis, Joaçaba, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Blumenau, Itapema, Chapecó e Joinville figuram no top 100.
Na Capital, cidade catarinense mais bem colocada, ocupando o sexto lugar geral do país, a renda média da população é de R$ 4.214,67 (veja a lista abaixo). A maior concentração de salários do funcionalismo público vinculado ao Estado ajuda a puxar esse valor para cima.
A liderança geral é de Nova Lima (MG), onde a renda média mensal chega a R$ 8.897,08.
Ranking municipal das maiores rendas médias da população
1º Nova Lima (MG) – R$ 8.897,08
2º Aporé (GO) – R$ 8.109,37
3º Nova Alvorada (RS) – R$ 6.149,52
4º Santana de Parnaíba (SP) – R$ 5.791,23
5º São Caetano do Sul (SP) – R$ 4.698,24
6º Florianópolis – R$ 4.214,67
7º Niterói (RJ) – R$ 4.191,59
8º Douradina (PR) – R$ 4.073
9º Santos (SP) – R$ 3.782,63
10º Porto Alegre (RS) – R$ 3.774,84
20º Joaçaba – R$ 3.034,01
21º Balneário Camboriú – R$ 3.028,63
45º Jaraguá do Sul – R$ 2.392,79
57º Blumenau – R$ 2.269,16
81º Itapema – R$ 2.064,38
87º Chapecó – R$ 2.021,64
94º Joinville – R$ 1.990,80
Ainda segundo o estudo, a renda média da população de Santa Catarina é de R$ 1.652, a quinta maior entre as unidades da federação – sem surpresas, o Distrito Federal lidera, com R$ 3.148. O estudo da FGV mostra ainda que em apenas 19 cidades catarinenses os moradores têm renda média superior à do Estado.
O outro lado
No outro extremo, o estudo revela que em 48 cidades catarinenses os moradores têm uma renda média abaixo de R$ 500, o que é classificado como pobreza. Os menores valores, de acordo com a FGV, estão nos municípios de Entre Rios (R$ 217,19), Calmon (R$ 243,86), Bela Visto do Toldo (R$ 251,31), Santa Terezinha (R$ 252,03) e Cerro Negro (R$ 268,66).
Opinião
O estudo da FGV traz parâmetros diferentes do que os mais habituais para o mapeamento da riqueza, como o Produto Interno Bruto (PIB). O recorte é, de certa forma, limitado por considerar o IRPF, imposto que somente uma parcela pequena da população precisa declarar. Ainda assim, trata-se de uma fotografia por outro ângulo que reforça o tamanho da já conhecida desigualdade de renda no Brasil.
Fonte: NSC