Turmas do oitavo ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio das escolas de Santa Catarina receberão, a partir dos próximos meses, oficinas sobre violência sexual e crimes de internet. As atividades serão ministradas por psicólogos e agentes da Polícia Civil.
Denominadas “Proteja uma Criança” e “Conhecer Para se Proteger”, respectivamente, as iniciativas foram lançadas pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (6). A solenidade ocorreu no Auditório da SSP (Secretaria de Segurança Pública), em Florianópolis.
Ambas as iniciativas são parte do Programa Minha Voz tem Vez, que reúne ações da corporação para o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes.
Os esforços são uma resposta da corporação ao aumento em ambos os crimes registrados em Santa Catarina, explica Patrícia Zimmermann, delegada coordenadora das Dpcamis (Delegacias de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso). O ND+ noticiou na última semana a alta de 32% nos crimes de pornografia infantojuvenil registrados em 2022.
“Os policiais entrarão na sala de aula com alunos do 8º ano ao terceirão e realizarão palestras aos alunos e pais sobre como realizar navegação segurança na internet, sobre o que é dark e deep web, por exemplo”, ilustra Zimmerman. “A ideia é levar informação para a sala de aula para que o jovem saiba os riscos que sofre e esteja protegido”.
Ambos os projetos começaram a ser desenhados pela Polícia Civil em 2019, mas acabaram interrompidos por conta da pandemia de Covid-19. Com a retomada nos últimos meses, policiais civis foram capacitados para atuarem nas salas de aula. Ao todo, 22 psicólogos policiais também receberam formação.
O “Proteja uma Criança” foi concebido por duas psicólogas da corporação, que atuam em Brusque e Joinville. Atualmente a Polícia Civil realiza a finalização dos materiais educativos que serão utilizados nas oficinas.
“Uma criança indefesa, que não conhece os riscos a que está exposta, precisa ser conscientizada. E esse programa vai trabalhar a informação – com linguagem e conteúdo adequados a cada faixa etária – para prevenir estes crimes. Vamos reprimir fortemente, mas nosso objetivo é evitar que o crime aconteça”, destaca o delegado delegado-geral Ulisses Gabriel.
Fonte: ND+