A Funai (Fundação Nacional do Índio) informou que as famílias desabrigadas deverão retornar para a Aldeia Kondá até o domingo (23), quando encerra o luto de sete dias da comunidade indígena. Porém, 24 chefes de famílias, o que corresponde a cerca de 80 pessoas, seguem impedidos de retornar, pois estariam diretamente ligados ao conflito.
Durante a quinta-feira (20), a Funai conversou com o grupo que está no ginásio Ivo Silveira e com o Cacique Efésio Siqueira. O acordo ocorre após um pedido do MPF (Ministério Público Federal) de que a situação fosse resolvida pelos órgãos responsáveis.
As tratativas tinham como objetivo amenizar a crise e fazer com que ambos cedessem. O coordenador da Funai Chapecó, Adroaldo Antonio Fidelis, mediou a conversa e ressaltou que as famílias que não foram aceitas serão acolhidas por comunidades indígenas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Líderes de diversas aldeias estiveram presentes em Chapecó durante a semana para auxiliar na resolução do conflito. “Essa é uma medida de momento, mas todas essas pessoas deverão retornar, pois a Aldeia Kondá é a terra delas também”, explicou.
O grupo receberá atendimento psicossocial e ficará no ginásio pelo prazo de sete dias, conforme acordo entre a Funai e a Prefeitura de Chapecó. O tempo será utilizado para tratar do conflito e articular a ida das famílias para os locais temporários.
O conflito na Aldeia Kondá iniciou no domingo (16), deixou uma pessoa morta, diversos feridos, além de casas e carros incendiados. A Tropa da Choque da Polícia Militar está no local e seguirá atuando na segurança dos indígenas por tempo indeterminado.
Fonte: ND+