Foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (30) a lista de 9 senadores e 27 deputados federais que farão parte do Parlamento do Mercosul (Parlasul). A representação terá mais um senador, que ainda não foi indicado pelo Bloco Democracia — formado por MDB, União Brasil, PSDB, PDT e Podemos.
A definição da bancada no Parlasul segue os mesmos critérios de representação partidária e dos blocos existentes no Senado e na Câmara.
Os parlamentares autuarão na legislatura que segue até 31 de janeiro de 2027. Em data ainda a ser definida, eles definirão o presidente e os dois vice-presidentes do colegiado. O mandato será de 2 anos.
Veja quem são os senadores e deputados escolhidos:
Senadores do Parlasul
PT – Humberto Costa (PE);
MDB – Renan Calheiros (AL);
PP – Teresa Cristina (MS);
PSD – Nelsinho Trad (MS);
Podemos – Carlos Viana (MG);
Eduardo Girão (Novo);
Alan Rick (União-AC);
Sergio Petecão (PSD-AC);
Chico Rodrigues (PSB-RR); e
Um a ser indicado.
Deputados no Parlasul
PL – Giovani Cherini (RS), Rosana Valle (SP), Roberto Monteiro (RJ), Vermelho (PR) e Pastor Eurico (PE);
PT – Arlindo Chinaglia (SP), Odair Cunha (MG) e Paulão (AL);
União Brasil – Yandra Moura (SE), Damião Feliciano (PB) e Nelson Padovani (PR);
PP – Átila Lira (PI), Marx Beltrão (AL) e Covatti Filho (RS);
MDB – Sergio Souza (PR) e Gutemberg Reis (RJ);
PSD – Luciano Azevedo (RS) e Paulo Litro (PR);
Republicanos – Celso Russomanno (SP) e Carlos Gomes (RS).
Outros sete deputados de diferentes partidos compõem a lista: Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Erika Hilton (Psol-SP), Renata Abreu (Podemos-SP), Beto Richa (PSDB-PR), Afonso Motta (PDT-RS), Heitor Schuch (PSB-RS) e Luiz Tibé (Avante-MG).
O que é o Parlasul
O Parlamento do Mercosul tem sede em Montevidéu, no Uruguai, funciona desde maio de 2007. As reuniões ocorrem pelo menos uma vez a cada mês.
Além dos 37 parlamentares brasileiros, o Parlasul tem 26 argentinos, 18 uruguaios e 18 paraguaios. Outros 13 parlamentares bolivianos também fazem parte do Parlamento, atuam nas comissões e no Plenário com direito a voz e encaminhamentos, mas não têm direito a votos. Isso porque a Bolívia ainda é um membro observador do Mercosul, não um membro pleno. Entre 2013 e 2016, 23 parlamentares venezuelanos também fizeram parte do Parlasul, com direito a voz e votos, no período em que a Venezuela esteve no Mercosul como membro pleno. Mas o país foi suspenso do bloco em 2 de dezembro de 2016 por tempo indeterminado por motivações técnicas, políticas e econômicas.
Nos últimos anos, o Parlasul tem tratado como prioridade as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. No geral, o Parlasul acompanha o processo de integração do Mercosul e as atividades das presidências pro tempore rotativas do bloco. Procura também intermediar as demandas dos setores empresariais, da sociedade civil e culturais nos mais diversos processos de integração, negociações e parcerias entre as nações do bloco. Outro foco são as parcerias e tratativas com cada Parlamento dos países que compõem o Mercosul.