As filhas de uma mulher de 78 anos que morreu após receber diagnóstico de labirintite serão indenizadas em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina. A vítima morreu com quadro de arritmia cardíaca depois de ser liberada de pronto-socorro público da cidade. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (5).
O caso aconteceu na manhã do dia 20 de fevereiro de 2015. A vítima deu entrada em um pronto-socorro de Barra Velha relatando dores na nuca, estômago e cabeça, além de falta de ar e tontura. Durante o atendimento, recebeu diagnóstico de labirintite, foi medicada e liberada.
No mesmo dia, a mulher retornou à unidade, já que os sintomas persistiram, mas com uma piora no quadro. Ela acabou morrendo por arritmia cardíaca. Para as filhas, o óbito não teria acontecido se a vítima tivesse recebido o socorro adequado na primeira consulta.
As filhas entraram na Justiça contra o município. Na defesa, a prefeitura garantiu que a equipe de saúde prestou atendimento adequado e afirmou que a paciente só foi liberada para casa depois de afirmar que se sentia melhor.
Perícia afirma que não houve exames para diagnóstico de labirintite
Uma perícia judicial, porém, indicou que houve falha no atendimento por conta da ausência de exames e do preenchimento correto do prontuário médico. “É possível afirmar, houve negligência, imprudência e imperícia que retardaram o diagnóstico e contribuíram para a evolução negativa do quadro”, detalhou o perito.
O município foi condenado ao pagamento de uma indenização de R$ 100 mil, valor a ser dividido entre as duas filhas. A reportagem do Portal ND+ procurou o município, que afirmou não ter sido notificado da decisão até o momento.
Fonte: NDmais.
