A namorada do jovem preso por participar do assassinato do empresário Márcio Elizeu Melo, de 45 anos, e da tentativa de homicídio da mulher dele, de 39, em Indaial no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, também é investigada pela Polícia Civil. De acordo com o delegado Filipe Martins, a adolescente tem 17 anos e será intimada a prestar depoimento.
“Vamos ainda apurar se ela, de alguma forma, prestou algum tipo de auxílio ao crime praticado pelo namorado e pelo filho do casal”, disse o delegado.
O crime aconteceu em 29 de janeiro. O filho do casal alvo do ataque confessou ter arquitetado e participado do crime junto com o amigo há cerca de dois meses. Os dois têm 18 anos e foram presos na quinta-feira (1º).
De acordo com a Polícia Civil, o amigo seria pago com R$ 50 mil e o carro Montana, que era da família. Conforme a investigação, depois do crime os dois serviriam de álibi um para o outro.
O amigo falaria que o filho estava na casa dele e não na residência dos pais na hora dos assassinatos, e vice-versa, segundo o delegado Martins. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Melo era empresário na região do Vale do Itajaí e tinha uma metalúrgica. O filho do casal apontado por planejar o crime trabalhava no local. O nome da mãe não foi divulgado.
Crime
O ataque aconteceu na madrugada de 29 de janeiro, quando a dupla atacou as vítimas em casa com golpes de faca. O filho do casal teria combinado de matar o pai enquanto o amigo ficaria responsável por assassinar a mãe. No momento do crime, porém, o homem acordou e entrou em luta com o amigo, que acabou o matando.
Em seguida, a mãe também teria acordado foi atacada pelo filho e, depois, pelo amigo. Os autores saíram da casa acreditando que as duas vítimas haviam morrido.
Durante a investigação, em que foram ouvidas 15 pessoas e analisadas imagens de câmeras de segurança (assista acima), a polícia verificou que as versões do filho e do amigo não coincidiam.
Na quinta-feira, quando os suspeitos foram presos preventivamente, o filho do casal atacado afirmou que cometeu os crimes porque os dois o tratavam como “mero funcionário”. O inquerito agora aguarda o resultado de laudos e perícias para ser finalizado.
Fonte: G1 SC