Santa Catarina fechou o quarto trimestre do ano de 2023 com a menor taxa de desocupação do país. O dado é de uma pesquisa do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16). Isso quer dizer que no período, o estado era o que mais tinha pessoas empregadas.
Para se ter uma ideia, a taxa de desocupação em SC, com base na avaliação, ficou em 3,2%, enquanto que na outra ponta do ranking, onde há mais gente à procura de uma vaga de trabalho, esse índice chega a 14,2%. Santa Catarina se destaca ainda como o estado com o maior índice de trabalhadores com carteira assinada.
“Não é ser melhor do que ninguém, mas Santa Catarina é isso, é trabalho, é resiliência. A gente vê no dia a dia, vem a dificuldade e em seguida o povo tá de pé novamente. Vem a crise, o estado é o último a entrar e o primeiro a sair, reconstruindo, trabalhando firme. Ao encontro dessa força, o Governo está investindo em obras estruturantes, na saúde, na segurança, na educação e principalmente em quem produz e gera emprego. A meta é melhorar sempre”, disse o governador Jorginho Mello.
Segundo a pesquisa, a taxa de desocupação do Brasil no 4° trimestre de 2023 foi de 7,4%. A amostragem por sexo aponta que o índice está em 6% para os homens e 9,2% para as mulheres. Já para as pessoas com ensino médio incompleto, a taxa foi de 13%, superando a dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 7,6%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,6%).
No ano de 2023, o nível de ocupação do país (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6%. Na média anual, o nível da ocupação catarinense (65,9%) foi o maior do país em
2023, superando o Mato Grosso e Goiás (64,7%), e avançou ante 2022 (64,6%)
A atividade Outros Serviços (12,8%), com 24 mil pessoas ocupadas a mais, teve o maior crescimento percentual e absoluto entre as atividades no 4º trimestre de 2023.Alojamento e alimentação (12,6%), com 20 mil ocupados a mais, veio em seguida. Serviços domésticos (5,3%), Indústria geral (1,9%) e Transporte, armazenagem e correio (1,5%) também ganharam população ocupada entre o 3º e 4º trimestres de 2023. Também avançou 1,1% no 4º trimestre de 2023 a ocupação na atividade Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
O secretário de Estado do Planejamento, Edgar Usuy, comemora os números da pesquisa e destaca o trabalho estratégico do Governo do Estado em fortalecer setores como o turismo, por exemplo, com ações ao longo de todas as estações do ano. “Isso movimenta a economia e a geração de empregos em diferentes regiões”, observa.
Usuy pontua ainda que a pesquisa mostra o bom desempenho no índice de ocupação no Meio-Oeste, no Litoral Sul e na Serra Catarinense. “Com isso, o desenvolvimento econômico começa a ficar mais equilibrado geograficamente no nosso estado, o que é, realmente, muito importante para que a gente possa ter todas as regiões com musculatura econômica, com projetos e planejamentos de médio e longo prazo para que a gente consiga elevar cada vez mais a estrutura e a organização da economia catarinense”, completa.
Empregados com carteira assinada
Segundo a PNAD, no quarto trimestre de 2023, Santa Catarina também era o estado com o maior percentual de empregados com carteira assinada – 88,2%. Em seguida, aparecem os outros dois estados do Sul: Rio Grande do Sul com 81,9% e Paraná com 81,7%. O percentual de empregados com carteira assinada era de 73,7% dos empregados do setor privado.
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,1% da população ocupada. Os menores índices ficaram com Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,4%) e São Paulo (31,2%).
Fonte: TVBV
Foto: Marco Favero/Secom