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Prefeito é acusado de ‘transfobia’ após proibir evento LGBTQIAPN+ em SC

Causou polêmica no meio artístico em Santa Catarina a decisão do prefeito José Thomé, de Rio do Sul, que exigiu o cancelamento imediato da Mostra Itinerante Trans Forma, que aconteceria nesta quarta e quinta-feira, em um local público do município.

O evento teria oficinas para produções culturais LGBTQIAPN, além de exibição de vídeos e apresentações. A classificação é livre, permitindo que crianças e pré-adolescentes assistam ao que será apresentado.

Apenas um dos filmes, de nome “O Prazer é Todo Meu”, que conta a história de uma mulher que nunca teve um orgasmo em seus setenta e seis anos de vida, terá classificação indicativa de quatorze anos.

O prefeito também expressou preocupação com o fato de a Fundação Catarinense de Cultura, do Governo do Estado, estar financiando esse evento, que deve acontecer em vários municípios catarinenses. A FCC divulgou a seguinte nota: “No ano passado, recebemos cerca de R$ 60 milhões de reais por meio da Lei Paulo Gustavo, aprovada no Congresso Nacional em 2022 e regulamentada pelo Governo Federal em 2023. Ocorre que o governo Lula impôs algumas regras para todos os estados e municípios. Uma delas era a de estabelecer cotas nos editais viabilizados pela Lei Paulo Gustavo. Esse evento, sendo uma mostra itinerante com temática de diversidade, acabou sendo contemplado no edital por conta da cota. Todos os projetos foram analisados por pareceristas externos, ou seja, não foram servidores da FCC que os analisaram. E, assim, esses projetos acabaram recebendo o recurso federal. A logomarca do governo do estado aparece porque o edital teve de ser lançado pelo estado, obedecendo às regras do governo federal. Para receber o recurso, o governo do estado precisava cumprir as regras estabelecidas. Se desobedecesse, teria de devolver todo o dinheiro, prejudicando muitos projetos de qualidade, que são a maioria, ou enfrentar problemas com o Ministério Público. Tirando esse problema pontual, o edital foi um sucesso, com muitos projetos bons. No que nos cabia intervir, reduzimos ao máximo as cotas, apenas não podíamos eliminá-las por completo. Aproveitamos para criar uma cota específica nossa, de descentralização, para distribuir mais recursos para o interior e menos para a capital, conforme deseja o governador. Mas esse evento em questão foi selecionado pela cota do governo federal. Quanto a isso, não havia muito o que fazer.”

Fonte: Jornal Razão

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