Uma pesquisa realizada pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, revelou que uma grande quantidade de pessoas na faixa dos 20 anos possui Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que pode ser mortal, se não tratada. O estudo denominado ‘Children of the 90s’, ou Crianças dos anos 90, em tradução, acompanhou milhares de crianças nascidas em Bristol entre os anos de 1991 e 1992. A saúde desses jovens foi avaliada em três oportunidades aos 17, 24 e aos 30 anos, informou o jornal The Sun.
Ainda de acordo com a reportagem, os pesquisadores descobriram que 20% dos jovens apresentavam evidências de doença hepática gordurosa com apenas 24 anos de idade. Sendo que um em cada 40, cerca de 2,5%, possuía a doença de forma mais avançada com cicatrizes.
Veja os dados
Os participantes do estudo foram submetidos a ultrassonografias do fígado, que revelaram que um em cada 40 (2,5%) apresentava evidência de doença hepática gordurosa aos 17 anos.
Este número aumentou para um em cada cinco quando tinham 24 anos, com um em cada 40 sofrendo de fibrose hepática mais grave.
A inflamação e a fibrose – cicatrizes – do tecido hepático podem causar cirrose ou insuficiência hepática e levar ao cancro se o diagnóstico for tardio ou se não for tratado.
Alerta vermelho
Conforme o The Sun, um alerta vermelho soou quando os casos mortais da doença aumentaram nas últimas três décadas.
A doença hepática gordurosa não alcoólica é o termo para uma série de condições causadas pelo acumulo de gordura no fígado, frequentemente observada em pessoas com sobrepeso ou obesas. A DHGNA em estágio inicial geralmente não causa nenhum dano, mas pode causar danos graves ao fígado, incluindo cirrose, se piorar.
No Brasil
Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, estudos feitos por Edison Roberto Parise e Helma Pinchemel Cotrim, utilizando a ultrassonografia (US) como método diagnóstico, encontraram em torno de 20% de esteatose hepática na população geral.
Ainda conforme a SBH, estudos epidemiológicos têm revelado que a DHGNA é um problema de saúde pública, acometendo 20-40% dos indivíduos com obesidade na população estudada. Um estudo mais recente, realizado nos Estados Unidos, com 328 pacientes assintomáticos, relatou que 46% dos indivíduos tinham esteatose, 26% eram diabéticos, 68% hipertensos e 70% obesos.
Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)
A maioria das pessoas não apresenta sintomas. Em casos raros, elas podem sentir cansaço, dor ou sofrer perda de peso. Ao longo do tempo, pode haver inflamação e fibrose do fígado (cirrose). Conforme o Governo Brasileiro, a doença pode ser detectada em exames de ultrassonografia do abdômen, quando é possível notar um fígado aumentado. O diagnóstico da doença é feito por meio de exames de rotina, por isso é essencial que as pessoas procurem atendimento médico de forma constante.
Fonte: SCC10.
