Uma mulher foi presa em uma agência bancária de Joinville enquanto tentava sacar aproximadamente R$ 60 mil obtidos à força de um médico, que foi sequestrado e mantido em cárcere privado por mais de 24 horas em Salvador, na Bahia.
A investigada foi presa na sexta-feira (26) no bairro Boa Vista pelo crime de extorsão mediante sequestro, após trabalho de inteligência entre a DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Joinville e a Polícia Civil da Bahia.
Em depoimento, ela confessou o crime. “Informou que não é a primeira vez que faz uso das suas contas correntes para receber valores de práticas de crimes graves, como sequestro. Disse que é a quinta vez”, revelou o delegado da DIC, Murillo Batalha.
Ligação com sequestro de médico
Segundo a investigação, o valor que a investigada tentou sacar foi extorquido de um médico em Salvador. A vítima foi sequestrada na quarta-feira (24) e ficou sob a mira dos criminosos por mais de 24 horas.
“Ele estava indo até uma farmácia em Salvador, quando foi abordado por três indivíduos, que o sequestraram e o mantiveram em cárcere privado durante mais de 24 horas. Foi liberado só na sexta-feira”, conta o delegado. Três suspeitos foram presos na ocasião.
Durante esse tempo, os criminosos realizaram diversas transferências bancárias através da conta da vítima para integrantes dessa organização criminosa. Entre os nomes, está o da mulher que foi presa em Joinville.
A polícia estima que o grupo conseguiu extorquir cerca de R$ 500 mil das contas do médico. “A presa recebeu uma quantia aproximada de R$ 60 mil, que após a prisão conseguimos bloquear e será restituído à vítima”, esclareceu.
Papel da mulher na quadrilha
A mulher que foi presa em Joinville exercia um papel fundamental no esquema criminoso, conforme a investigação. “A função dela era de suma importância. Ela fornecia os meios para que o crime ocorresse, porque quando os criminosos estão com a vítima em cativeiro, eles necessitam de uma conta corrente de alguém que não esteja diretamente vinculado aos fatos para não chamar a atenção da policial local”, explicou o delegado.
Conforme a polícia, a quadrilha responsável pelo sequestro do médico é interestadual e comete crimes graves em todos estados. “Em Santa Catarina, não temos número elevado, mas estamos atentos. Qualquer movimentação iremos combater”, disse Batalha.
Fonte: ND +