Os Estados Unidos afirmaram, nesta segunda-feira (20), que o Irã, seu rival histórico, pediu ajuda para investigar o acidente que matou o presidente Ebrahim Raisi. O Departamento de Estado americano informou que Teerã, que não mantém relações diplomáticas com Washington desde a Revolução Islâmica de 1979, entrou em contato depois que a aeronave caiu em meio a um nevoeiro no domingo. “O governo do Irã nos pediu ajuda”, disse a jornalistas o porta-voz Matthew Miller. “Dissemos que estaríamos dispostos a ajudar, algo que faríamos em relação a qualquer governo nesta situação”, acrescentou. “No final, em grande parte por razões logísticas, não fomos capazes de fornecer essa assistência”, afirmou. Miller se recusou a entrar em detalhes ou descrever como os dois países se comunicaram, mas disse que o Irã procurou ajuda imediata para encontrar o helicóptero de Raisi, que morreu junto ao seu ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdolahian, e outras sete pessoas.
O acidente ocorreu na sequência de conversas entre Estados Unidos e Irã em Omã, com o objetivo de aumentar a estabilidade no Oriente Médio após os últimos confrontos entre Teerã e Israel. O Departamento de Estado ofereceu “condolências oficiais” pelas mortes em um comunicado. A administração do presidente Joe Biden considerou as condolências um padrão e não uma demonstração de apoio a Raisi, que como juiz conduziu execuções em massa de presos políticos e sob cuja presidência as autoridades reprimiram grandes protestos liderados por mulheres. No passado, os Estados Unidos ofereceram frequentemente, embora nem sempre, condolências aos líderes aos quais se opunham, com mensagens deste tipo enviadas sobre o soviético Joseph Stalin, o norte-coreano Kim Il Sung e o cubano Fidel Castro.
Fonte: Jovem Pan.