Em meio aos desafios enfrentados pela cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a desmobilização dos abrigos temporários emerge como uma nova fonte de preocupação tanto para as autoridades quanto para a população. Esse processo ameaça agravar a situação dos moradores de rua, um grupo já vulnerável cujo número, estimado em cerca de 4,8 pessoas, pode crescer ainda mais. A cidade, que já enfrentava uma situação crítica de moradia antes dos recentes das chuvas, viu a questão se intensificar após eventos trágicos como o incêndio na Pousada Garoa, que deixou 10 mortos e 5 feridos, evidenciando a dependência de muitos moradores de programas de assistência para habitação. Com a desmobilização dos abrigos temporários montados durante as enchentes, a cidade se depara com o risco de um aumento no número de pessoas vivendo nas ruas. Observações nas ruas já indicam um crescimento no número de pessoas sem abrigo, ocupando espaços anteriormente não utilizados para esse fim, em meio à escassez de abrigos suficientes para atender a todos, especialmente após dois dos três grandes abrigos da cidade terem sido comprometidos pelas enchentes.
A extensão dos danos causados pelas enchentes, que afetaram áreas amplas da cidade, desde a zona norte até a zona sul, aponta para uma necessidade iminente de recolocação de muitos moradores. Estudos estão sendo realizados por diversos órgãos na tentativa de encontrar soluções de acolhimento para os moradores de rua. No entanto, a urgência de mais abrigos se faz sentir de maneira premente, enquanto a cidade busca maneiras de mitigar os impactos dos desastres recentes e oferecer suporte adequado aos afetados.
Fonte: Jovem Pan.