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Acidente da TAM com 199 mortos completa 16 anos sem condenações e com mudanças em Congonhas

Eram por volta das 18h de 17 de julho de 2007 quando o empresário Chris Haddad soube que um avião da TAM teve problemas no pouso no aeroporto de Congonhas, bateu em um prédio de cargas e explodiu. Esse era o horário esperado para a chegada da filha dele, Rebeca, de 14 anos, que viajava de Porto Alegre para São Paulo com uma colega.

A esperança do empresário era de que a filha tivesse se atrasado e não estivesse no voo 3054, responsável pela morte de 199 pessoas, 12 delas em solo. Infelizmente, não foi o que aconteceu.

“Estava vendo a TV e saiu o flash de notícias sobre o acidente. Foi confirmado o número do voo, depois ficamos aguardando informações da companhia aérea”, disse ao R7 Haddad, que hoje é vice-presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos, sobre o momento em que esperava a confirmação da morte da filha.

Nesta segunda-feira (17), o maior desastre aéreo do Brasil completa 16 anos, período marcado pelo luto da família das vítimas, investimentos para a melhoria nas estruturas dos aeroportos e mudanças no treinamento da tripulação.

Veja as modificações feitas ao longo dos anos:

• O controle de revisão de procedimentos das companhias aéreas foi aprimorado;

• A tecnologia contribuiu para que o processo de comandar aviões fosse facilitado;

• A Latam, antiga TAM, responsável pelo voo 3054, afirma que faz treinamentos anuais com tripulantes, com simulações de falha nas aeronaves;

• O Ministério da Infraestrutura modernizou as pistas no aeroporto de Congonhas (SP), onde ocorreu a tragédia. Foi concluído o grooving, sistema de ranhuras na pista que facilita o pouso em dias de chuva;

• Foram investidos R$ 122,5 milhões de recursos públicos vindos do Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil), em 2022, para implantar um sistema de novas áreas de escape com blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave passa o limite da pista em Congonhas;

• Foi feita a revitalização do pátio de aeronaves, a reforma e a adequação das pistas de taxiamento, um novo balizamento noturno da pista e a recuperação de toda a sinalização de pistas e pátios de Congonhas.

Amparo às famílias

Essas mudanças significam, ao menos, certo amparo aos familiares e amigos das vidas que foram perdidas na tragédia. “A aviação mudou muito com as altas tecnologias, mas também evoluiu para se tornar mais humana”, afirma Haddad, que tem acompanhado de perto as mudanças desde o acidente aéreo que levou a vida da filha.

Em nota, a Latam revelou que “o acidente trouxe aprendizados”. “Embora consciente de que nada poderá compensar as perdas, a companhia se empenhou, desde o primeiro momento, em apoiar os familiares de todas as maneiras e concluir o mais rápido possível o procedimento da indenização”, disse a empresa.

Passados 16 anos, não houve condenações pelo acidente. A Justiça Federal absolveu, em 2015, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, o então vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da empresa na época do acidente, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro.

Eles haviam sido denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) por “atentado contra a segurança de transporte aéreo”, na modalidade culposa.

Fonte: R7

 

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