Um adolescente que teria ameaçado fazer um massacre em uma escola de Florianópolis foi novamente internado provisoriamente, após uma representação do Ministério Público (MPSC). No dia 11 de setembro, ele teria feito bilhetes escritos à mão e divulgado em um perfil na rede social para falar sobre os ataques.
A princípio, a internação provisória do jovem havia sido revogada em primeiro grau, já que o juiz entendeu que o adolescente não tem histórico infracional e que, em situações semelhantes, dificilmente um adulto ficaria preso provisoriamente por crimes que as penas são de detenção e possibilitam a aplicação apenas de multa.
No entanto, segundo o MP, os atos do adolescente assustaram alunos e funcionários da escola. E, embora a ameaça não tenha se concretizado, o Ministério Público contestou e argumentou que os danos causados foram de ordem social, material e psicológica, justificando a manutenção da internação provisória.
A instituição ainda enfatizou que o retorno do jovem à sociedade precisaria de uma avaliação aprofundada de sua intenção, saúde mental e histórico, justamente para garantir a segurança da sociedade.
A internação provisória é aplicada quando a liberdade do adolescente infrator pode prejudicar as investigações e processos em andamento, como essa em que investigam a condição psicológica dele e buscam provas fundamentais.
O adolescente foi novamente encaminhado a um Centro de Internação Provisória. A decisão é passível de recurso.
Fonte: MPSC