A Americanas registrou prejuízo acumulado de R$ 4,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2023. É o que aponta o balanço corporativo divulgado pela companhia nesta segunda-feira, 26. O resultado no período impactou negativamente os resultados da companhia, que atribui essa situação à queda nas vendas e às altas despesas financeiras. No período, as receitas da Americanas caíram 45,1% em relação ao mesmo intervalo de 2022, para R$ 10,293 bilhões. A queda foi puxada pelos canais online da companhia, que viram a receita encolher 79,2% no mesmo período, para R$ 1,898 bilhão. O segmento foi o mais abalado pela revelação das fraudes contábeis que levaram a companhia à recuperação judicial, em janeiro do ano passado.
O varejo físico, que em 2022 era o de segunda maior representatividade na receita da Americanas, assumiu a liderança, com receita líquida de R$ 7,251 bilhões, número 18,8% menor em um ano. Segundo a companhia, as vendas nas chamadas mesmas lojas (unidades abertas há mais de 12 meses) caíram 2,9% nos nove primeiros meses do ano passado, mas tiveram alta de 3,6% no terceiro trimestre. Ao longo do ano, a Americanas fechou 99 lojas físicas no País, encerrando setembro com 1.764 unidades. O grupo afirma que mais de 70% das lojas fechadas estavam em cidades em que havia mais de uma loja. Além disso, a maior parte dos fechamentos se deu no Sudeste.
A receita líquida do Hortifruti Natural da Terra (HNT) caiu 7% entre os nove primeiros meses de 2022 e o mesmo período do ano passado, para R$ 1,359 bilhão. Na Ame, a fintech do grupo, a queda foi de 63,8%, para R$ 198 milhões. Na Uni.co, a baixa foi de 7,6%, para R$ 145 milhões. A chamada venda bruta (GMV, na sigla em inglês) da Americanas foi de R$ 16,059 bilhões no período, baixa de 51,1% em um ano. No varejo físico, a queda foi de 4,4%, para R$ 9,275 bilhões, enquanto no digital, a redução foi de 77,1%, para R$ 4,801 bilhões.
Fonte: Jovem Pan.
Imagem: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO.