Investigação aponta que um relacionamento amoroso era mantido pelo casal
Um esquema de troca de nudes foi descoberto dentro de um presídio em Santa Catarina. O caso aconteceu em Blumenau, no Vale do Itajaí. Por meio de um buraco aberto na parede, que interligava uma galeria masculina e outra feminina, um casal enviava diversos objetos e também fotos íntimas em uma máquina fotográfica.
A gambiarra começou a ser investigada em abril, quando policiais penais foram conferir a oficina onde o homem trabalhava na cadeia, sob a denúncia de que ele teria feito o buraco em uma das paredes do local. De acordo com as investigações, o homem e a mulher mantinham um relacionamento amoroso.
Na oficina, foram encontrados dois aparelhos celulares, um carregador e uma câmera fotográfica com fotos de nudez tanto do detento como da detenta, além de uma carta de outro detento e de um monitor com leitor de DVD, com conteúdo pornográfico. O monitor estava dentro de uma caixa de madeira fechada com cadeado.
Em sua defesa, o homem alegou que apenas a câmera fotográfica era sua, mas que os outros objetos, como aparelhos celulares, não eram de sua propriedade. Segundo ele, outros detentos tinham acesso ilimitado ao ambiente onde foram encontrados os aparelhos. Contudo, segundo depoimentos, nem mesmo os agentes penais possuíam chave de acesso à oficina onde o detento trabalhava.
Dessa forma, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu por anular um terço da pena cumprida pelo detento, mantendo também a sentença em regime fechado. O artigo 50 da Lei de Execuções Penais diz que “comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo”.
Fonte: TVBV