Seis pacientes no Rio de Janeiro foram diagnosticados com HIV após receberem transplante de órgãos. O caso, considerado inédito no Estado, levou à abertura de uma investigação policial nesta sexta-feira, conforme comunicado pelas autoridades estaduais.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) classificou o episódio como “inadmissível” e anunciou a formação de uma comissão multidisciplinar para apoiar os pacientes. Medidas imediatas foram adotadas para garantir a segurança dos transplantados.
Transplante de órgãos termina em seis pessoas contaminadas
Após o ocorrido, o contrato com o laboratório responsável pelas análises dos órgãos foi suspenso. A partir de agora, o Hemorio, referência em exames no estado, será encarregado da testagem de órgãos doados.
A SES também está revisando todas as amostras de sangue de doadores desde dezembro de 2023, quando o laboratório começou a operar.
A Polícia Civil, através da Decon (Delegacia do Consumidor), iniciou um inquérito para apurar o caso após a denúncia de um dos transplantados, que foi diagnosticado com HIV após exames médicos de rotina.
Credibilidade em risco
Conforme o governo do Estado, desde 2006, o programa de transplantes do Rio de Janeiro beneficiou mais de 16 mil pessoas.
No entanto, fontes do governo estadual manifestaram preocupação com a confiança no sistema, destacando que uma possível queda nas doações seria um grande obstáculo para o futuro do programa. As investigações continuam, e novas informações devem ser divulgadas conforme o caso avança.
ND Mais