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Atropelamentos de ciclistas disparam mais de 400% em Florianópolis em apenas um ano

Somente no último domingo (20), cinco ciclistas sofreram atropelamentos na Capital. No caso mais grave, o advogado Alexandre Sanchez Palma, 57, atropelado por um motorista bêbado, no acostamento da SC-401, não resistiu e morreu após quatro dias internado. No mesmo dia, mais cedo, um grupo de amigos treinava na Via Amiga, na avenida Beira-Mar Norte, quando um motorista fez um retorno proibido e atropelou quatro deles.

Atropelamentos de ciclistas mais que quadruplicou em 2024

Este ano, conforme levantamento da Amobici (Associação Mobilidade por Bicicleta e Modos Sustentáveis), foram 27 atropelamentos de ciclistas. Um crescimento de 440%, frente aos cinco constatados em 2023.

A SC-401, acesso às praias do Norte da Ilha, é a campeã de ocorrências, com 22 registros, desde 2008. O levantamento, conforme Vinícius Leyser da Rosa, da Amobici, é preliminar e, portanto, há uma subnotificação nos anos anteriores, mas os números deste ano assustam.

“A mais recente tragédia na SC-401 não é um fato isolado. Alexandre perdeu a vida num local crítico da rodovia onde há muitos anos se pede por uma boa ciclovia. Este é o único trecho onde não há alternativa de trajeto”, ressalta Vinícius.

Alexandre foi atropelado no quilômetro 9 da SC-401. Em nota, a OAB-SC (Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina) ressaltou a imprudência do motorista que estava bêbado.

“Relatos da PMRv (Polícia Militar Rodoviária) apontam que o acidente foi causado por um motorista que, ao ser submetido ao teste do bafômetro, foi constatado estar sob o efeito de álcool. Situações como essa representam uma triste realidade de imprudência nas vias públicas e ressaltam a necessidade de uma conscientização coletiva em prol da segurança de todos”, destacou a ordem.

Vítima da imprudência, após quatro dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Alexandre morreu aos 57 anos. Paulista, apaixonado pela Ilha, deixa dois filhos e muitos amigos ciclistas indignados com a insegurança.

O autor do crime prestou assistência no dia, depôs na Polícia Civil, mas foi liberado, pois Alexandre ainda estava no hospital. O motorista, um jovem de 22 anos, voltava de uma balada, tinha consumido bebida alcoólica e até tentou descansar antes de pegar o volante, mas não foi suficiente.

Coordenador do Pedal da Ilha Floripa, que funciona desde 2008, Rock Waltrick, 65 anos, lamentou a morte de Alexandre, que participava do grupo há cerca de dois anos. “Um cara fantástico amigo de todos, ajudava todos, sempre sorrindo, cara acima da média”, disse Rock sobre Alexandre, que foi velado sexta-feira (25), na Capital.

A reportagem procurou a polícia para entender se haverão novas diligências e se o motorista responderá pela morte de Alexandre, mas até a publicação, não obteve retorno.

Já em relação aos atropelamentos na Via Amiga, o subcomandante da Guarda Municipal, Alexsandro Amorim disse que o projeto existe há sete anos e a Guarda sempre dá apoio ao grupo que iniciou o movimento para treinar num local seguro. Neste fim de semana, o projeto está mantido. “São sete anos, praticamente todos os domingos a gente faz. Infelizmente aconteceu isso. Não é algo [os atropelamentos] que acontece sempre”, lamentou Amorim.

 

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