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Aumento de casos de câncer de mama em mulheres abaixo de 40 anos gera alerta em SC

“É como atravessar uma tempestade em alto mar”: é assim que Fernanda Flores, de 30 anos, descreve como recebeu o diagnóstico de câncer de mama aos 29 anos. Em 2023, a psicóloga que atua e mora em Florianópolis estava entre as 48 mulheres de 20 a 29 anos de Santa Catarina que receberam o diagnóstico da doença, conforme dados do DATASUS. No Estado, embora os diagnósticos de câncer de mama tenham mais incidência em mulheres mais velhas, há uma presença significativa da doença em mulheres mais jovens, com menos de 40 anos.

De 2020 a 2023, os diagnósticos de câncer de mama em mulheres tiveram um crescimento contínuo em Santa Catarina. Em 2020, foram 2.344 casos. Em 2021, o número sobiu para 2.719; 2.875 em 2022, e em 2023, os diagnósticos se aproximaram dos três mil casos (foram 2.941).

Até o mês de setembro de 2024, o Estado já possui 1.323 casos, e esse número deve seguir aumentando, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) no início deste mês. Ao menos 3.860 novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados em Santa Catarina em 2024, conforme o Inca.

O número de diagnósticos em mulheres mais jovens no Estado, durante o mesmo período, é oscilante, mas ainda apresenta um valor expressivo. O ano de 2022 foi o destaque: 11 mulheres de 0 a 19 anos com o diagnóstico em Santa Catarina; 60 mulheres entre 20 a 29 anos; e 277 casos em mulheres de 30 a 39 anos.

De 2020 para 2022, o câncer de mama entre mulheres de 30 a 39 anos também teve um aumento contínuo no Estado. Foram 215, 259 e 277 diagnósticos, respectivamente. Em 2023, o número cai um pouco, para 254. Até o momento, em 2024, foram 129 casos nessa faixa etária.

Fatores de risco para o câncer de mama em mulheres jovens
Apesar de mais incomum, o câncer de mama em mulheres mais jovens, com menos de 40 anos, é uma realidade. Os principais fatores de risco incluem uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais, de acordo com a oncologista Rafaela Paiola, da Oncoclínicas Grande Florianópolis.

— Um histórico familiar de câncer de mama, especialmente em parentes de primeiro grau, como mãe, irmã ou filha, é um fator de risco importante — explica a médica.

Além do fator do histórico familiar, há outros fatores de risco que devem servir de alerta para mulheres mais jovens, de acordo com a oncologista Rafaela Paiola.

Mutações genéticas, como nos genes BRCA1 2 2, aumentam significativamente o risco de câncer de mama, e as mulheres portadoras dessas mutações tendem a desenvolver câncer de mama mais cedo do que a população geral, explica a médica. Além disso, síndromes genéticas como a síndrome de Li-Fraumeni, comuns no Brasil, também são um fator de risco.

— Fatores hormonais como exposição ao estrogênio, uma menarca precoce (menstruação antes dos 12 anos), gravidez tardia ou nuliparidade, e o estilo de vida tendendo ao sedentarismo, sobrepeso, abuso de álcool e tabagismo também representam fatores de risco — diz a médica.

Em mulheres jovens, abaixo dos 40 anos, o câncer de mama tende a ser mais agressivo e de progressão mais rápida em comparação com mulheres mais velhas, conforme a médica. Por isso, o diagnóstico precoce é importante.

Ana Menezes – NSC

 

 

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