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CAPÍTULO 1: Uma guerreira Xaxinense

Por Bruna Binda, estagiária de jornalismo

Tudo aconteceu na granja Baggio próxima ao bairro Chagas. Espaço este responsável pela maior produção leiteira de Xaxim. Quem olha receptiva pela janela da humilde casa é Juliana Baggio. Ela vem sorridente com seu filho mais novo no colo cumprimentar a repórter que faz um carinho no seu bebê. Vestida para o trabalho, acomoda seu filho no carro para levar o menino na sua irmã, até que ela acabe seus afazeres diários. Sete minutos depois ela volta, sorridente, com um olhar humilde para contar um pouquinho de sua história.

Panorama da Granja Baggio

Loira, olhos escuros e aproximadamente 1,70 metros de altura, demonstra tensão ao se aproximar da repórter. É sua primeira participação em uma entrevista. São uma câmera, um gravador e um bloco de anotações esperando detalhes da vida e rotina dessa guerreira.

Largou a facilidade da cidade para viver a rotina de seu marido Igomar Baggio e de sua sogra Oneide e sogro Osmar Baggio. Hoje aos seus 38 anos é mãe de dois meninos, Arthur de 10 anos e Miguel de sete meses. Além de cuidar das atividades da casa é responsável por tratar a produção leiteira. São 144 vacas, desde bezerras até adultas, que recebem os cuidados de Juliana todos os dias, faça chuva ou faça sol.

“É muito amor envolvido tanto pelos animais como pela família”

Juliana Baggio, responsável pela ordenha e cuidados com as vacas.

As palavras “simples”, “dedicado” e “trabalhador” descrevem Igomar. Moreno e com olhos escuros ganhou o coração de Juliana não apenas por sua beleza, mas pelo seu humilde jeito de ser. O dedicado marido não abandonou o trabalho da granja e com muito esforço e amor carrega o orgulho de fazer parte da história dessa família.

Igomar cuida da parte de produção de lavoura, produção de comida para as vacas, desde a silagem de milho até pré-secagem. Além de prestar serviço de maquinário por fora e cuidar das manutenções dos aparelhos na granja. Além de Juliana, Igomar, Oneide e Osmar, a granja possui cuidados de mais três integrantes da família, Cleiton de 35 anos, Josiane de 33 anos e Lucas de apenas 19 anos.

Porém para Juliana, por mais que exista a colaboração de toda a família a maior dificuldade nesta profissão é o retorno financeiro. “O leite em si é uma atividade bem complexa, desde a criação das bezerras até a ordenha das vacas, são cuidados específicos, além de aparelhos específicos”, por isso a família abrange seus serviços e divide as tarefas.

Fazem 19 anos que Igomar e Juliana são casados, a mesma quantidade de tempo que estão com a produção de vacas leiteiras. No início eles começaram com vacas que produziam até cinco litros diários. Hoje por conta de muito esforço, cuidado com os animais, paixão ao trabalho e graças aos equipamentos tecnológicos as vacas produzem até 60 litros diários, totalizando 1820 litros por dia.

“Agora a gente conseguiu se organizar, mas há 10 anos, no inverno, alagava o pasto direto, atolava as vacas e precisava acordar uma hora da manhã, para tocar as que fugiam e iam parar lá em cima do bairro Chagas. Até fazer elas voltarem para começar a ordenha, era um sacrifício, ainda mais em baixo de chuva”, conta Juliana.

Criação de bovinocultura de leite da família Baggio

A vida preparou Juliana para ser uma esposa perfeita, como seu sogro a descreve. Outro detalhe que o senhor Osmar não deixa de lado é o orgulho que sente da nora por ela ajudar nas tarefas diárias da granja.

“Desafio uma mulher da cidade vir um dia fazer o que minha nora faz aqui”

Osmar Baggio, proprietário da Granja Baggio.

É um desafio e tanto acordar às 2h45 da manhã para ordenhar 63 vacas e como Juliana mesma diz “eu faço isso com um sorriso no rosto porque são as vacas que sustentam a minha família” afirma.

Essa é uma verdadeira prova de amor por Igomar. Há 20 anos ela largou o antigo serviço na padaria e a facilidade da cidade para formar uma família e ajudar o marido nos trabalhos da granja. Esse é apenas um capítulo da história da família Baggio, porque de acordo com o senhor Osmar, “precisa de um livro para contar tudo”, finaliza.

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