Em uma virada dramática que agita a cidade de Criciúma e ressoa através de Santa Catarina, a Dexco, renomada empresa ceramista, confirmou ontem a suspensão indefinida de suas atividades na Unidade de Revestimentos Cerâmicos RC2. Esta decisão, tomada em meio a um mercado estagnado, resultará no desligamento de funcionários e realocação de operações.
Em uma nota oficial emitida na tarde de terça-feira, a Dexco revelou que o declínio da demanda de mercado levou à suspensão das atividades na unidade RC2. Com a retração do mercado, a empresa se vê obrigada a concentrar suas operações nas outras unidades do estado, buscando otimizar a ocupação de seu parque fabril e garantir o atendimento aos clientes.
“A sustentabilidade do negócio e a minimização de impactos para todas as partes envolvidas estiveram no centro de nossa decisão”, diz a nota. A empresa assegurou aos seus clientes que esta reestruturação não trará nenhum impacto no recebimento dos produtos.
No entanto, esta decisão inevitavelmente trará ajustes significativos. Isso inclui realocações e, infelizmente, demissões. Segundo a empresa, parte dos colaboradores da unidade RC2 será absorvida pelas outras unidades do negócio de Revestimentos Cerâmicos no estado, enquanto aqueles que não puderem ser relocados receberão apoio para recolocação profissional.
A sombra do desemprego no setor ceramista, uma fonte crucial de empregos no Sul de Santa Catarina, provocou um movimento de forças sindicais e políticas. O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, anunciou em um vídeo a mobilização para tentar evitar o fechamento da unidade Eldorado do Grupo Dexco.
A indústria ceramista teve seus melhores momentos na última década, com picos de vendas em 2020 e 2021. No entanto, desde meados de 2021, as vendas têm despencado drasticamente em todas as indústrias do sul. Um procedimento similar ao atual foi adotado pela Dexco com a Ceusa, que possuía duas unidades em Urussanga. A mais antiga foi fechada, e a produção foi absorvida pela unidade mais recente.
Fonte: NSC
