Desde o início de agosto de 2024, o Brasil tem experimentado um aumento expressivo nos casos de Influenza B, um dos principais vírus responsáveis por infecções de gripe. Conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde em outubro, essa variante do vírus tem sido responsável por uma parcela significativa dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e tem levado a um número preocupante de mortes relacionadas à doença.
Esse aumento é mais evidente nas regiões Sudeste e Sul do país, onde a circulação do vírus tem crescido desde setembro. Apesar disso, laboratórios privados têm reportado sinais de que a circulação do Influenza B pode estar diminuindo. Ainda assim, a situação continua a exigir atenção especial de profissionais de saúde e da população.
Os sintomas da Influenza B podem ser semelhantes aos de outras variantes do vírus da gripe, podendo trazer complicações graves em determinados grupos de risco. Entre os principais sintomas estão febre alta e tosse intensa, mas em casos mais severos, a infecção pode evoluir para pneumonia, especialmente em indivíduos vulneráveis, como idosos e crianças pequenas.
Os principais sintomas da influenza B incluem:
Febre: Geralmente alta, acompanhada de calafrios.
Tosse: Normalmente seca e persistente.
Dor de garganta: Sensação de irritação ou dor.
Corpo dolorido: Dores musculares e articulares.
Fadiga: Cansaço intenso e fraqueza.
Congestão nasal: Nariz entupido ou corrimento nasal.
Dor de cabeça: Pode ser moderada a intensa.
Espasmos gastrointestinais: Em alguns casos, pode ocorrer náusea ou diarreia, especialmente em crianças.
É importante lembrar que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e, se houver suspeita de influenza, é recomendável procurar um médico.
Outros sintomas frequentemente se manifestam de forma súbita, incluindo calafrios, mal-estar geral, cefaleia, mialgia, dor nas articulações, prostração, e secreção nasal abundante. Sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito, assim como fadiga, rouquidão e olhos vermelhos e lacrimejantes também podem estar presentes.
O diagnóstico da Influenza B é realizado por meio de testes moleculares ou de antígeno, que são essenciais para distinguir esta infecção de outras doenças respiratórias, como a COVID-19. Identificar corretamente o tipo de infecção é crucial para orientar o tratamento de forma adequada.
O tratamento geralmente envolve repouso, além do uso de medicamentos para aliviar dor e febre. Em pacientes com risco elevado de complicações graves, o uso do antiviral oseltamivir (Tamiflu) pode ser recomendado, desde que seja administrado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Prevenir a infecção por Influenza B é crucial, especialmente para grupos de risco. A vacinação anual contra a gripe, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também disponível em clínicas privadas, é uma importante medida preventiva. A fórmula da vacina é atualizada anualmente para incluir as cepas mais recentes do vírus.
Além da vacinação, manter práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar aglomerações durante surtos, são formas adicionais de reduzir o risco de infecção.
Embora o aumento recente dos casos de Influenza B seja uma fonte de preocupação, os dados emergentes sugerem uma possível desaceleração na propagação do vírus. No entanto, a vigilância contínua e a adesão às medidas preventivas, como a vacinação, permanecem essenciais para controlar a infecção e proteger as populações mais vulneráveis.
A adoção dessas práticas e o acompanhamento das diretrizes de saúde pública ajudarão a mitigar o impacto do Influenza B em todo o Brasil, enquanto os profissionais de saúde e autoridades se esforçam para manter a população informada e segura.