O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul (NIS) acredita que a filha de Kim Jong-un, líder norte-coreano, está sendo treinada para suceder o pai, embora a decisão não seja definitiva e outra pessoa possa acabar liderando o país, segundo relataram dois parlamentares nesta segunda-feira (29). Em uma coletiva de imprensa, Lee Seong-kweun e Park Sun-won, membros respectivamente do governista Partido do Poder Popular (PPP) e do opositor Partido Democrático (PD) e integrantes da Comissão Parlamentar de Inteligência, disseram que a menina aparece ser uma forte candidata a sucessora, levando em conta a forma como a propaganda estatal se focou em suas aparições públicas. O NIS faz esta estimativa com base no fato de 60% das aparições públicas da menor, sempre acompanhando o pai, estarem relacionadas com atividades militares, enquanto as restantes são de caráter econômico. Por sua vez, os meios de comunicação estatais referiram-se a ela usando o termo “hyangdo” (“guia” em coreano), um termo que já foi usado para designar os próprios líderes do regime ou os seus sucessores.
Mesmo assim, o NIS acredita que não se deve descartar a possibilidade que outro filho de Kim possa acabar herdando a liderança do país. A inteligência sul-coreana acredita que o marechal norte-coreano e sua esposa, Ri Sol-ju, tenham tido três filhos por volta de 2010, 2013 e 2017. No momento, a idade e o nome exatos da menina, que apareceu pela primeira vez na imprensa norte-coreana em novembro de 2022, são desconhecidos, embora muitos acreditem que ela possa ser o bebê que o ex-jogador de basquete americano Dennis Rodman segurou em seu colo durante uma de suas visitas ao país em 2013. O ex-atleta já chegou a comentar que o nome da menina é Ju-ae. Muitos especialistas duvidam da possibilidade de uma mulher liderar a Coreia do Norte no futuro, dada a forte cultura patriarcal que caracteriza o país asiático e a possibilidade de Kim e Ri terem tido filhos.
Fonte: Jovem Pan.