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Desenvolvendo A Criatividade No Trabalho Para Alcançar O Sucesso Profissional

A criatividade é a capacidade de gerar ideias originais, inovadoras e valiosas. É a habilidade de pensar de forma diferente, quebrar os modelos estabelecidos e encontrar novas soluções para os desafios que surgem. É a terceira competência mais valorizada no mercado de trabalho e, na verdade, é útil em todos os aspectos da vida.

Segundo o físico Albert Einstein: “A criatividade é a inteligência se divertindo”. Aqueles que a potencializam e desenvolvem têm melhores ferramentas para enfrentar os desafios diários e da vida, afirmam os especialistas.

 

Como é uma pessoa criativa? Pensa “fora da caixa”, dizem os especialistas. Mas o que é a caixa? “É um limite dentro de nossa própria mente. Um limite entre o que conhecemos e o que ainda não pensamos”, disse a licenciada Agostina Galiani, Membro do Departamento de Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva no INECO em uma nota recente.

Como é uma pessoa criativa? Pensa “fora da caixa”, dizem os especialistas. Mas o que é a caixa? “É um limite dentro de nossa própria mente. Um limite entre o que conhecemos e o que ainda não pensamos”, disse a licenciada Agostina Galiani, Membro do Departamento de Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva no INECO em uma nota recente.

“Nosso cérebro segue dois caminhos ao resolver problemas, e ambos são necessários para desenvolver a criatividade: um deles é um caminho deliberado, que requer pensamento crítico, decisões conscientes e analisadas; o outro é um caminho espontâneo, automático, que se baseia em reações instintivas e decisões menos conscientes”, explicou a especialista.

Por sua vez, Flavio Calvo (MN: 66869), doutor em psicologia, professor, facilitador de oficinas e autor, explicou: “A criatividade é contagiosa, nos ajuda a encontrar ideias diferentes, mundos alternativos e objetos novos em conceitos já existentes. Funciona como um músculo que deve ser exercitado para obter melhores resultados e moldar novas ideias”.

Os benefícios de ser criativo


O doutor Claudio G. Waisburg (MN 98128), neurocientista, palestrante e diretor do Instituto SOMA, explicou ao Infobae em uma nota recente os benefícios de colocar criatividade em nossa vida:

Resolução de problemas: permite encontrar soluções únicas e eficazes para os desafios diários.
Inovação: impulsiona o desenvolvimento de novas ideias e avanços em diferentes áreas.
Flexibilidade mental: ajuda a se adaptar a situações em mudança e a ver as coisas de diversas perspectivas.
Autoexpressão: facilita a comunicação de pensamentos, emoções e experiências de forma original.
Melhoria da aprendizagem: favorece a retenção de informações ao abordá-las de forma criativa.


Diante desses grandes benefícios, treinar a criatividade é criar uma nova e valiosa ferramenta para enfrentar a vida. Para isso, nada melhor do que imitar os comportamentos e hábitos das pessoas que se nutrem dela.

Anthony D. Fredericks, professor emérito de educação no York College da Pensilvânia e autor de mais de 170 livros, explicou em um artigo na Psychology Today que a criatividade não é apenas para alguns, mas está ao alcance de todos, e qualquer um pode aumentar seu “coeficiente de criatividade” tornando-a um hábito diário. Assim, ele identificou dez comportamentos comuns em pessoas altamente criativas:

1. As pessoas criativas se sentem desconfortáveis com o status quo. “Para eles, uma vida criativa é uma vida cheia de opções, oportunidades e alternativas. Eles não aceitam sempre o que os outros fazem; pelo contrário, buscam múltiplas respostas e pontos de vista. Na verdade, a pergunta mais poderosa que eles frequentemente fazem é aquela que começa com as palavras ‘E se…?’”, descreveu Fredericks.

2. Sonham acordadas. “Ter a ‘cabeça nas nuvens’ é uma oportunidade para deixar nossos poderes criativos se desenvolverem e florescerem”, disse o professor.

Até o tédio é benéfico. “Estar entediado pode ajudar a fomentar a criatividade. Muitos cientistas e artistas contaram que se inspiraram ou resolveram um problema complexo quando na verdade pararam de pensar sobre isso. Sabe-se que Arquimedes, (o físico grego, autor do teorema que leva seu nome), teve sua principal descoberta relacionada ao deslocamento da água enquanto tomava banho”, assegura a neurocientista Alicia Walf, pesquisadora do Departamento de Ciências Cognitivas do Instituto Politécnico Rensselaer, em um artigo publicado na Neuroscience News.

3. Têm a mente aberta. “Examinam uma variedade de possibilidades em vez de simplesmente buscar uma única resposta correta. Gostam de experimentar coisas novas porque sim. Para eles, cada situação nova é uma situação de aprendizado, não necessariamente um meio para alcançar um fim”, explicou o professor.

Calvo explicou que Molière, o famoso dramaturgo, quando estava travado em uma ideia e precisava avançar a partir de outro lugar, tinha uma técnica chamada “o olhar do leigo”. “A ideia é encontrar uma pessoa que não tenha nada a ver e, melhor ainda, talvez não saiba muito sobre o tema em que se está trabalhando. Pode ser uma criança, alguém de uma profissão completamente oposta, uma pessoa mais velha. A ideia é apresentar a ele o objetivo e deixá-lo apresentar sua maneira de chegar ao mesmo. Dessa técnica podem surgir muitas ideias interessantes”, indicou o psicólogo.

E acrescentou: “Depois de ter uma longa lista de coisas anotadas no papel, é hora de usar o hemisfério esquerdo. Selecionar alguns pontos dessa lista e priorizar os que são considerados mais factíveis. Dar a cada ideia uma pontuação e ficar com as cinco ou seis ideias que têm a maior pontuação. Essas são as queserão implementadas para desenvolver”.

4. Passam muito tempo ao ar livre. “A natureza tem a capacidade de evocar uma forma criativa de pensar, nos tornando mais curiosos e capazes de abraçar novas ideias”, apontou Fredericks.

Outro hábito que ajuda na criatividade é fazer uma caminhada silenciosa diária para dar ao cérebro tempo de relaxamento e devaneio. “Aumenta o devaneio, a criatividade e o pensamento divergente, que é a capacidade de desenvolver ideias novas”, explicou Samantha Gambino, psicóloga clínica de Nova York. “E os pensamentos novos e as ideias criativas adicionam riqueza às nossas vidas, nos ajudam a resolver problemas, pensar fora da caixa e ter uma experiência mais completa”, acrescentou.

5. Estão abertas a aprender coisas novas. O professor explicou que as pessoas criativas desenvolvem uma aprendizagem contínua em uma ampla variedade de assuntos, frequentemente não relacionados à sua especialidade ocupacional. “Um professor que faz aulas de culinária, um arquiteto que faz uma viagem arqueológica pela Grécia, um dentista que lê livros sobre a história da China”, exemplificou.

6. Meditam e praticam a atenção plena. “Uma pesquisa publicada na Harvard Business Review mostrou que apenas 10 minutos de meditação por dia podem aumentar nossos poderes criativos. O simples ato de ‘dar um tempo’ é suficiente para acalmar a mente e oferecer oportunidades para criar e inovar”, destacou o acadêmico. A chave é tornar a meditação e a atenção plena um hábito que faça parte das atividades diárias, ressaltou.

“A atenção plena ou mindfulness pode ajudar a limpar a mente e abrir espaço para novas ideias. Na tranquilidade de uma meditação, no chuveiro ou em uma caminhada, podem surgir os melhores momentos ‘Eureka’ de ideias criativas. Recomendo anotar em papel ou gravar mensagens de voz/áudio no momento em que ocorrem”, disse Waisburg.

7. São independentes. “Sentem-se confortáveis assumindo novos desafios sem a pressão da aprovação dos outros. Embora trabalhem com outras pessoas, frequentemente consideram que seu melhor trabalho é o que desenvolvem sozinhos”, disse Fredericks.

8. São apaixonadas. “Encontram alegria em suas atividades e estão felizes em compartilhá-las com os outros. São, em muitos aspectos, exploradores otimistas do desconhecido”, disse o professor.

9. Saem da zona de conforto. “Exploram o desconhecido, não necessariamente porque levará a algo bem-sucedido, mas porque é novo. Estão felizes em brincar com novas ideias. O mais importante é que não têm medo do fracasso porque o veem como uma oportunidade de aprendizado”, descreveu Fredericks.

Além disso, Waisburg recomendou interagir com pessoas de diversas disciplinas e origens para estimular a criatividade por meio do intercâmbio de ideias.

10. Praticam a criatividade todos os dias. “Quando tornamos a criatividade um hábito regular, estamos ‘treinando’ nossa mente para enfrentar todos os tipos de desafios mentais. É semelhante a correr uma maratona. É preciso correr vários dias (na verdade, vários anos) antes do grande evento para ser competitivo. Sem esse treinamento diário, colocamos em risco as chances de terminar a corrida. O mesmo acontece com a criatividade”, mencionou Fredericks e afirmou que a inteligência ou o quociente de inteligência não têm a ver com esse assunto.

Fonte: gazetabrasil

 

 

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