Foto: Divulgação PCI
O Dia Internacional do DNA é celebrado em 25 de abril, marcando o aniversário da descoberta da estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA) em 1953. Nesse marco histórico, os cientistas James Watson, Rosalind Franklin e Francis Crick elucidaram que o DNA é formado por uma estrutura tridimensional de dupla hélice. Essa molécula é essencial e contém informações genéticas responsáveis pelo desenvolvimento e funcionamento dos organismos.
No cenário da investigação criminal, o DNA se tornou uma ferramenta fundamental para a perícia. Junto com outras técnicas como a papiloscopia, o exame de DNA desempenha um papel essencial na determinação da autoria em casos criminais. Além disso, a genética forense, que abrange diversas áreas do conhecimento humano, desempenha função significativa na resolução de casos complexos.
“A Polícia Científica de Santa Catarina pericia a cada ano milhares de materiais genéticos, elucidando casos e fazendo justiça. Neste dia mundial do DNA, eu parabenizo a cada perito oficial e a cada agente da PCI envolvido desde a localização e coleta de vestígios em locais de crimes e em vítimas, até o processamento desses vestígios na nossa Divisão de Genética Forense e no nosso Banco de Perfis Genéticos. Cada análise de DNA é uma busca pela verdade de modo imparcial e essa é mais uma poderosa ferramenta forense usada pela PCI e que reafirma nosso compromisso em aplicar a ciência em favor da justiça e da cidadania”, afirmou a perita-geral Andressa Boer Fronza.
O DNA é amplamente utilizado para verificar se o material genético encontrado em uma cena de crime é compatível com o de uma pessoa suspeita. Isso não apenas ajuda a determinar a autoria do crime, mas também contribui para a identificação de possíveis vítimas, fornecendo uma ferramenta precisa para a investigação criminal.
Além da identificação de autores de crimes, a genética forense é empregada em casos de vínculo biológico criminal. Isso inclui situações em que é necessário, por exemplo, determinar se um indivíduo é o genitor de uma criança nascida de violência sexual. A aplicação ética e legal desses exames é fundamental para garantir a justiça e a proteção dos direitos das vítimas.
“Com a descoberta do DNA e os avanços na área de genética e biologia molecular, diversas aplicações para análise do DNA surgiram, desde o diagnóstico de doenças até a perícia criminal. Na polícia científica, o DNA é utilizado para a identificação de pessoas, sejam desaparecidas ou vítimas, para estabelecer vínculos biológicos entre pessoas e também para correlacionar vestígios com possíveis autores, auxiliando a justiça na definição de autoria de crimes”, explicou a Chefe da Divisão de Bioquímica Forense, Wladiana Lendengues.
Uma das características distintivas da genética forense é sua sólida fundamentação teórica e metodológica. Os princípios científicos por trás dos exames de DNA são robustos, e as metodologias são padronizadas internacionalmente e nacionalmente. Além disso, a constante revisão e atualização das interpretações e parâmetros garantem a precisão e a confiabilidade dos resultados.
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