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Dois ciclones se encontram na América do Sul e trazem ar ‘congelante’ para SC

Dois ciclones gigantes aparecem se deslocando para América do Sul e, consequentemente, afetando Santa Catarina nesta sexta-feira (28). Os fenômenos se desenvolvem perto das costas do Uruguai e do Sul do Brasil.

As imagens captadas por um satélite online, o Zoom Earth, mostram que duas imensas espirais de nuvens características de ciclones extratropicais intensos estão próximos da América do Sul.

Segundo os boletins de alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), nenhum dos ciclones oferece risco para o Brasil, mas, são eles os responsáveis por impulsionar as baixas temperaturas do fim de semana no Estado.

O Instituto divulgou também um alerta para a sociedade catarinense. Segundo a pasta, há previsão de chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h), e queda de granizo.

De acordo com o Epagri/Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina), a temperatura não passa de 19ºC no fim de semana.

Afinal, o que é um ciclone?

Ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico caracterizado por fortes tempestades e ventos, que faz parte de uma família maior de fenômenos meteorológicos, a família dos ciclones.

O site Wikipedia descreve que o fenômeno é definido como sistemas de baixa pressão atmosférica de escala sinótica que ocorre nas regiões de latitudes médias (como é o caso de Santa Catarina), onde constituem uma parte importante da circulação atmosférica ao contribuírem para o equilíbrio térmico das regiões equatoriais e das regiões polares.

Um ciclone extratropical desenvolve-se através de gradientes, ou seja, diferenças de temperatura.

Um estudo da revista CO2Science explica que há uma média de 234 ciclones extratropicais significativos a cada inverno.

Ar polar

O meteorologista Piter Scheuer explica que uma massa de ar frio polar, vinda da Patagônia, também deve influenciar o tempo.

“Este será um frio comum para época do ano e e tem chances de geada nas áreas altas da Serra Catarinense temperaturas próximas ou abaixo de zero”, conta Scheuer.

Temperatura cai por conta do ciclone

Segundo a Defesa Civil do Estado, ao longo do sábado (29), a atuação de uma massa de ar frio associada a um sistema de alta pressão deixa o tempo com predomínio de sol e variação de nuvens em Santa Catarina.

O dia amanhece com temperaturas abaixo de 0°C na Serra, e em torno de 5°C nas demais áreas altas do Estado. A pasta conta ainda que há previsão entre 9°C e 12°C no norte catarinense.

Durante a tarde, as máximas variam entre 18°C e 20°C no Grande Oeste devido a menor presença de nuvens. No litoral, variam de 15°C a 17°C e entre os planaltos, Alto e Médio Vale do Itajaí oscilam entre 10°C e 14°C.

Já no domingo (30), o sistema de alta pressão segue atuando no Estado, mantendo o tempo firme com predomínio de sol em todas as regiões.

O amanhecer terá temperaturas entre 0°C e 6°C no Planalto Sul e entre 7°C e 11°C nas demais regiões do estado. As temperaturas máximas chegam aos 26°C no Extremo Oeste, variam entre 20°C e 23°C no litoral e entre 17°C e 20°C nos planaltos.

Supertufão

O mundo está em alerta por um supertufão que se forma na Costa do Pacífico, próximo às Filipinas. O fenômeno tem tomado grande espaço nos noticiários globais esta semana e acende o alerta para essa metamorfose climática.

Diante do alerta mundial, o portal ND+ buscou descobrir quais as chances de um fenômeno assim atingir Santa Catarina. Lembrando que o Estado já sofreu drasticamente quando o Ciclone Catarina em 2004.

“Não tem a mínima chance de isso acontecer aqui. Naquela região, as águas estão aquecidas, por isso os furacões e os tufões encontram uma estrutura térmica favorável. Ou seja, eles se alimentam das águas do calor que estão associadas à evaporação dos Oceanos. É isso que faz com que eles tenham o processo de retroalimentação do sistema que acaba resultando nestes fenômenos”, explica o meteorologista Piter Scheuer.

Scheuer conta que é preciso lembrar ainda que Santa Catarina está em uma latitude média, o que desfavorece a formação do fenômeno.

Fonte: ND+

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