Na manhã de terça-feira (20), uma jovem que estuda Direito foi detida em Florianópolis, sob suspeita de ligação com um grupo criminoso. A ação foi realizada pela Polícia Civil da cidade, através da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/DEIC), que também está investigando a participação de profissionais da advocacia no esquema ilícito.
As apurações em relação à aluna tiveram início devido ao vazamento de dados da etapa 2 da Operação Tio Patinhas, realizada em 24 de julho, com o objetivo de executar 69 mandados de busca e apreensão e três ordens de sequestro de patrimônio. De acordo com a Polícia Civil, “diversos investigados foram avisados previamente sobre a data da operação policial, o que prejudicou o cumprimento das ordens judiciais”.
Após as informações vazarem, a Polícia Civil iniciou uma investigação para apurar a suspeita de associação ao tráfico, envolvimento em organização criminosa e quebra de sigilo funcional. Foi constatado pelos investigadores que a jovem, que já foi estagiária no Fórum da Capital, acessou os documentos da investigação de forma repetida.
Durante o final de semana que antecedeu a Operação Tio Patinhas, os acessos foram realizados na maioria das vezes no período da madrugada e na residência da suspeita, conforme informou a polícia. Na manhã de terça-feira, aproximadamente 13 policiais civis da DRACO/DEIC e do Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça (NIS/TJSC) cumpriram um mandado de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária contra a estudante de Direito.