Uma estimativa da rede Mapbiomas aponta que os incêndios podem ter degradado cerca de 9% da vegetação nos últimos cinco anos. A área degradada no bioma entre 1986 e 2021 pode variar entre 800 mil e 2,1 milhões de hectares. O estudo revela que, apesar de conviver com o fogo, existem áreas sensíveis aos incêndios. Nesta sexta-feira (5), a iniciativa Mapbiomas lança uma plataforma sobre a degradação das áreas florestais. A plataforma, que reúne ONGs, universidades e empresas de tecnologia, disponibiliza gratuitamente dados, mapas e códigos sobre o monitoramento do uso da terra no país. As áreas degradadas são regiões que sofrem alterações significativas da composição biológica, sem serem completamente desmatadas. A Mapbiomas considera fatores como tamanho e isolamento dos fragmentos florestais, frequência de queimadas, invasão por espécies exóticas e pisoteio por rebanhos.
O mês de junho registrou a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul desde 2012. Em apenas 30 dias, mais de 411 mil hectares foram consumidos pelo fogo, acima da média histórica de 8 mil hectares. No acumulado de 2024, a área atingida chegou a 712 mil hectares, correspondendo a 4,72% do bioma. A Polícia Federal investiga a origem de alguns incêndios, sendo que 85% deles ocorrem em terras privadas. A rede Mapbiomas revelou que um quarto da vegetação nativa do Brasil pode estar sujeita à degradação, com entre 11% e 25% das matas do país expostas a processos destrutivos entre 1986 e 2021.
Fonte: Jovem Pan.