Um grupo criminoso com integrantes que se passavam por bancários foi alvo de uma ação policial na manhã desta quinta-feira (9) em Santa Catarina e em outros quatro estados. Foram cumpridos 20 mandados judiciais no total, sendo que oito pessoas foram presas temporariamente em Joinville e outras duas em São Paulo, além de 12 pedidos de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Murilo Batalha, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, a investigação durou cerca de três anos e foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Pedrinhas Paulista (SP), local onde um dos crimes foi cometido. Conforme o que foi apurado, uma das vítima da organização criminosa sofreu um prejuízo estimado em meio milhão de reais.
Pelo menos 36 pessoas foram identificadas como integrantes do grupo. Batalha explica que as fraudes aconteciam por meio de contatos telefônicos em que os criminosos se faziam passar por funcionários de instituições bancárias e induziam as vítimas a realizarem transferências.
Para convencer que o ato era legal, os envolvidos abriram empresas de fachada em seus nomes e as respectivas contas bancárias, emitindo boletos em crédito para aquelas contas, que eram debitados da conta da vítima. Também eram feitas compras simuladas em cartões de crédito, apenas como forma de se distribuir aqueles valores obtidos ilicitamente entre os integrantes da organização.
Nessas operações, segundo a polícia, adotavam ainda a cautela de respeitarem limites de valores, de maneira a afastarem normas administrativas que, a depender de determinada quantia, obrigam que as instituições bancárias comuniquem órgãos fiscalizadores do sistema Financeiro Nacional. Assim, atuavam “abaixo do radar”.
Além disso, movimentavam os valores obtidos com os golpes de maneira rápida e fracionada, a fim de disfarçar a origem desses valores e, assim, dificultar a atuação policial.
Durante a investigação, as polícias de SC e SP constataram que os criminosos agiam nos estados do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), de Santa Catarina (Joinville e Florianópolis), São Paulo (Capital, Guarulhos e Ferraz de Vasconcelos), Minas Gerais (Vespasiano e Ribeirão das Neves) e Rio de Janeiro (Capital).
Durantes as ações, que ainda estão em andamento, foram presas 10 pessoas e apreendidos documentos e aparelhos celulares. Os presos foram encaminhados para a DIC de Joinville e serão interrogados. Em seguida, serão levados para o presídio da cidade.
Agora, a polícia trabalha para identificar os demais suspeitos do grupo e recuperar os valores desviados das vítimas. Cinco integrantes, já identificados, seguem foragidas.
Fonte: NSC