Um morador de Chapecó, apaixonado por automação e tecnologia, resolveu usar dos conhecimentos para criar uma decoração bastante criativa de Halloween. Inspirado pelo que viu durante uma visita ao Canadá, no ano passado, ele desenvolveu um sistema de luzes e sons que compõem a temática criada em casa e que tem atraído a atenção de quem passa por perto.
Eduardo Zabloski é analista de suporte em TI e, assim que voltou de viagem, em janeiro, já começou a colocar em prática o projeto, finalizado em maio e inaugurado neste mês, quando se comemora o Halloween. No entanto, a inspiração original veio das decorações de Natal, que o deixaram encantado.
— Eles (canadenses) focam bastante na iluminação e decoração das casas. Até, inclusive, eles publicam no jornal da cidade, onde tem as casas mais enfeitadas para as pessoas irem visitar. É bem bacana. E eu tive a oportunidade de visitar uma casa lá de um vizinho que tinha sistema de automação. O cara abriu a casa e mostrou como é que funcionava, deu todas as dicas e foi muito prestativo. Daí, como eu sou analista de suporte, trabalho na área de TI, eu disse: “sabe uma coisa? Eu vou levar isso para Chapecó, para a minha casa, eu vou fazer esse sistema”, porque achei muito legal — explica.
A decoração fica ainda mais interessante à noite, quando as luzes acendem e se destacam. Através de uma estação de rádio, os visitantes podem acompanhar, do aparelho do carro ou do celular, a trilha sonora da casa ao contemplar o show de luzes.
O sistema implementado é simples, segundo o analista de suporte, e foi todo aperfeiçoado por ele. Basicamente, Eduardo utiliza um computador, que faz o gerenciamento da música, e um software de automação de luzes gratuito, além de outros mecanismos que fazem com que o sistema funcione, como Arduinos e placas de relé.
O investimento na decoração foi de aproximadamente R$ 3 mil, incluindo itens como mangueiras de led e lâmpadas. Boa parte da decoração foi feita de maneira artesanal, como as aranhas gigantes de tecido, as teias de cordas, as mãos que saem das lápides, feitas de luvas de jardinagem cheias de concreto, e os pedaços de calçados para representar pés saindo da cova.
Para não incomodar os vizinhos, ele deixou uma caixinha de som na frente da casa com um volume razoável. A ideia é que os visitantes utilizem seus rádios e curtam tudo de dentro dos carros. Esse formato de visitação também foi inspirado no que viu na América do Norte, segundo Eduardo. Dessa forma, além de ser mais cômodo aos visitantes, também evita ruídos que possam incomodar os moradores das redondezas.
— Eu coloquei um transmissor FM na frequência 90.5, que não tem nenhuma rádio aqui próxima. Então a pessoa chega na frente de casa com o carro, sintoniza a frequência e fica acompanhando a música para entender o porquê que determinada luz está acendendo e está piscando, porque é conforme o ritmo da música, né? E assim também a pessoa pode vir com o celular, utilizar os fones de ouvido para ter uma qualidade melhor de som e ser mais imersivo na iluminação — explica.
Expectativa para o natal
A decoração de Halloween foi feita como um teste, segundo Eduardo. A ideia, agora, é começar a trabalhar na decoração de Natal, para a qual ele espera receber ainda mais visitantes, visto que é uma data que está inserida na cultura dos brasileiros.
Para isso, ele já está busca tens de decoração e ideias para começar a implementar assim que retirar a decoração atual.
A casa fica na Rua Mário Lara, no bairro Passo dos Fortes. Como o sistema é todo automatizado, ele inicia sozinho às 18h e para à meia-noite, período em que os visitantes podem ir para lá contemplar a iluminação e curtir a música que toca na rádio.
Redação Chapecó – NSC