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Garimpo ilegal usava trabalho análogo à escravidão no Amazonas

Autoridades dos setores de segurança, meio ambiente e trabalhista deflagraram nesta terça-feira (30) a Operação Mineração Obscura, com o objetivo de investigar garimpeiros que atuavam ilegalmente na cidade de Maués, localizada no sul do Amazonas, inclusive com uso da mão de obra de trabalhadores em situação análoga à escravidão.

Participam da operação, iniciada na sexta-feira (26), a Polícia Federal (PF), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

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Amazônia: garimpo cresceu 361% em terras indígenas de 2016 a 2022.Na Amazônia, 77% do garimpo ficam a menos de 500 m de cursos d’água.Indígenas Zoró denunciam aumento de ameaças com chegada de garimpeiros.Na segunda-feira (29), as equipes constataram a presença de mais de 70 garimpeiros trabalhando em condições degradantes e equiparadas à escravidão. “Tratava-se de um dos garimpos mais lucrativos de toda a América Latina, com uma produção diária superior a 6 quilos de ouro”, destacou a PF.

Segundo os investigadores, o garimpo é feito na modalidade de poço, com os trabalhadores operando de forma subterrânea, desprovidos de equipamento de proteção individual. Foi identificada também prática de servidão por dívida, evidenciando a exploração desumana dos trabalhadores.

“Medidas serão tomadas para garantir o resgate e a assistência adequada aos trabalhadores encontrados em situação de vulnerabilidade”, informou a PF.

A ação conjunta pretende, além de coibir atividades ilegais, proteger os direitos dos trabalhadores e preservar o meio ambiente.

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