Foto: Ricardo Trida/Secom
Conhecer as políticas do governo catarinense para o setor pesqueiro e apresentar as principais demandas do setor foram os objetivos da visita de um grupo de mulheres pescadoras de vários municípios do litoral norte catarinense, nesta quarta-feira, 10. O grupo foi recebido no Centro Administrativo do Estado pelo secretário de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.
Frigo falou da importância da Secretaria criada pelo governador Jorginho Mello para atender em especial aos pequenos pescadores e apresentou as principais ações desenvolvidas que, segundo ele, representam importantes avanços para o setor, como parcerias com universidades e instituições que promovem desde estudos biológicos até a subvenção de óleo diesel utilizado por embarcações pesqueiras catarinenses para a pesca industrial e artesanal em SC. Destacou, ainda, a preocupação com a vida humana. “Estamos desenvolvendo com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), por meio do InovaLab, dispositivo para ajudar a monitorar a segurança dos pescadores por GPS”, explica.
De acordo com o secretário foi criado um elo com os pescadores que já reconhecem a Secretaria como sua casa e as mulheres são fundamentais para o setor. “Elas estão sempre auxiliando os pescadores quando não são as próprias a realizarem a captura, além de atuarem no processamento, entre outras atividades inerentes à atividade”, destaca.
A pescadora artesanal de Piçarras, Temisse Winter, trabalha em casa na manipulação do pescado para aumentar a renda familiar. Para ela, “a criação da Secretaria é um marco e não podemos retroceder”, disse ao secretário, com base nos conhecimentos adquiridos no curso Mulheres em Ação “Flor-e-ser”, sobre política de governo e política de Estado.
Flor-e-ser
O curso Flor-e-ser para pescadoras é organizado e realizado pela Epagri e parceiros e acontece em Florianópolis e nos Centros de Treinamento da Epagri de Tubarão e de Araranguá.
Temisse Winter, pescadora artesanal de Piçarras, destaca o trabalho com estas mulheres e os ensinamentos que recebem na área de gestão da atividade, empreendedorismo, entre outros. Com projeto de melhoria da atividade (Plano de Negócio) ao final do curso, as mulheres pescadoras têm a oportunidade de acessar a linha de crédito especial do Governo do Estado.
Para Temisse “a mulher da pesca tem participação muito efetiva, não visualizada pela sociedade e, não raras vezes, nem ela se enxerga”, sendo, portanto, fundamental este trabalho.
Texto: Maria Helena Pereira
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