Um indivíduo de 41 anos, suspeito de assassinar a parceira por sufocamento em Ipira, região Oeste de Santa Catarina, teria cometido o crime por motivos financeiros, de acordo com o Ministério Público catarinense. O incidente ocorreu em 12 de fevereiro de 2023, quando o acusado teria também incendiado e descartado o corpo da vítima em um rio.
O MPSC conseguiu a condenação do acusado pelos delitos de homicídio qualificado por razões torpes, meio cruel e contra a mulher por questões de gênero, além de ocultação de cadáver. O réu recebeu uma sentença de 15 anos de reclusão, em regime fechado, e foi ordenado a pagar 10 dias-multa.
Após uma discussão entre o casal, que estava junto há cerca de seis meses, o homem agrediu e em seguida sufocou até a morte a companheira Lorimar Lutkemeier, de 59 anos, o que caracterizou meio cruel. Dois dias depois, por volta das nove horas da noite, o homem removeu o corpo da residência da vítima e o levou até às margens do rio Uruguai.
Ele incinerou o cadáver por cerca de três horas e descartou parte dos ossos no leito do rio. A razão do crime foi interesse financeiro, de acordo com o MPSC, pois o homem se apropriava de bens e recursos financeiros da vítima para benefício próprio, o que constitui motivo torpe. Ele tinha acesso ao carro, senhas do celular e do cartão bancário da mulher. Além disso, após o crime, teria adquirido bebidas alcoólicas e drogas com o dinheiro dela.
“Trata-se, pois, de motivo repugnante, abjethttps://www.instagram.com/timeforwinecco/o, vil, que causa repulsa excessiva à sociedade”, destacou o Promotor de Justiça Douglas Dellazari.
Antes do julgamento, o réu foi detido preventivamente no Presídio Regional de Joaçaba e teve negado o direito de esperar em liberdade pela decisão judicial. Ele admitiu a autoria do delito para seus familiares.
Lorimar residia há pouco tempo em Ipira, vinda de Machadinho, no Rio Grande do Sul, para viver com seu marido no Oeste catarinense. Segundo relatos da vizinha da vítima ao Oeste Mais, o casal costumava ter frequentes discussões.
De acordo com informações do JusBrasil, Lorimar foi condenada a 15 anos de prisão pela morte de Valdenir Bortolini Zanon, seu companheiro na época, em março de 2010, em Tangará, também no Oeste.
O crime ocorreu durante a madrugada, enquanto Valdenir dormia na cama do casal. Por volta das 4 horas, Lorimar amarrou as pernas e braços do homem com cordas de nylon, e utilizou duas facas, tesoura, marreta e um martelo para atacá-lo.
Segundo o JusBrasil, Lorimar cometeu o crime por suspeitar de traição por parte de seu marido.