O Palácio Itamaraty chamou nesta segunda-feira (25) o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos sobre a hospedagem concedida ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Halmai foi chamado pela secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Luísa Escorel. De acordo com nota divulgada pela pasta, o embaixador húngaro esteve no Ministério nesta tarde. Conforme informação divulgada pelo jornal dos Estados Unidos The New York Times (NYT), Bolsonaro teria planejado se refugiar na embaixada da Hungria para evitar uma possível decretação de prisão pela Justiça brasileira. O jornal divulgou imagens de vídeo e fotos indicando que Bolsonaro entrou na embaixada em Brasília no dia 12 de fevereiro e só saiu de lá dois dias depois. O NYT publicou ainda fotos de satélite mostrando que o veículo usado pelo ex-presidente ficou estacionado na Embaixada.
Após a divulgação das informações, o ex-chefe do Executivo disse que frequenta embaixadas de outros países no Brasil para conversar com os embaixadores e que ainda mantém contato com chefes de Estado para repassar a situação política no País. “Temos boas relações internacionais. Até hoje mantenho relação com alguns chefes de Estado pelo mundo, algo bastante saudável. Muitas vezes esses chefes de Estado ligam pra mim para que eu possa prestar informações precisas sobre o que acontece no Brasil”, disse Bolsonaro nesta tarde.
As declarações ocorreram em evento realizado pelo PL na zona norte de São Paulo para filiar Sonaira Fernandes, secretária estadual de Políticas para a Mulher e vereadora licenciada, e a vereadora Rute Costa. “Frequento embaixadas também aqui por nosso Brasil, converso com os embaixadores. Não tenho o passaporte, está detido. Senão estaria com Tarcísio, juntamente com o Ronaldo Caiado, nessa viagem que ele fez a Israel, um país irmão e fantástico sob todos os aspectos”, comentou o ex-presidente.
Fonte: Jovem Pan
Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo